Empresa perde participação e consumidor já compra 71% dos carros no país
A expansão da oferta de crédito, os juros em queda e as promoções elevaram a participação dos consumidores nas vendas de automóveis de 62,9% do total em 2009 para 71,0% no acumulado deste ano até setembro.
Em 2008, a fatia da pessoa física não chegava nem à metade dos licenciamentos (45,4%), de acordo com os dados da Fenabrave (federação das concessionárias).
Para o presidente da Fenabrave, Sergio Reze, o patamar de vendas para pessoas jurídicas (como as locadoras) --29% em automóveis entre janeiro e setembro-- ainda é alto. O empresário lembra ainda do desconto no IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para as empresas. No Estado de São Paulo, por exemplo, a alíquota é de 4% do valor de venda do carro para automóveis flex e movidos à gasolina dos consumidores e 2% para locadoras.
"Há uma distorção. Defendo que, se houver vantagem, que seja para os 71% que sustentam o mercado. O chamado frotista já estabeleceu um negócio, independentemente do desconto", ressalta. Para ele, esse incentivo tributário para as pessoas jurídicas "pune o consumidor".
Segundo os dados da Fenabrave divulgados nesta sexta-feira, as vendas de veículos novos no país apresentaram expansão de 8,7% no acumulado dos nove primeiros meses deste ano, no confronto com o mesmo intervalo em 2009, batendo o recorde para o período com o emplacamento de 2,5 milhões de automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões.
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