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Economia
Sexta - 01 de Outubro de 2010 às 12:28

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A retração de 0,1% na produção industrial em agosto indica estabilidade no índice, avaliou o resposável pela PIM (Pesquisa Industrial Mensal), André Macedo. Para ele, a indústria segue em ritmo positivo no terceiro trimestre, depois de quedas consecutivas no período de abril a junho.

A indústria, no entanto, está em ritmo menor de expansão do que o verificado nos três primeiros meses do ano. Naquela época, a produção industrial apresentou variação muito forte, e a desaceleração posterior já era esperada.

"O primeiro trimestre teve uma expansão bem acentuada, sendo que março foi o pico histórico da série. No terceiro trimestre, houve estabilidade em agosto, o que mantém variação positiva, depois de um período de perdas", afirmou Macedo.

O patamar atual da produção industrial está 1,7% abaixo do nível recorde, constatado em março deste ano.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísica) informou nesta sexta-feira que a produção industrial teve varação negativa de 0,1% em agosto, após subir 0,6% em julho, segundo dado revisado pela pesquisa.

O gerente do IBGE lembrou que, no primeiro trimestre, havia ainda influência das desonerações fiscais implementadas pelo governo para conter a crise.

Entre os setores, a principal queda ocorreu na produção de metalurgia, que recuou 5,8% na passagem de julho para agosto. Esse resultado foi determinado pela manutenção de altos estoques, e pelo maior volume de importações, especialmente no setor siderúrgico.

Uma parada programada em uma refinria da Petrobras fez com que a produção de refino de petróleo e de álcool despencasse 3,6%.

Na comparação com os resultados do ano passado, que foram, em parte, influenciados pela crise, a produção industral segue em alta, ainda que em menor ritmo. Em agosto, avançou 8,9%, ante 8,8% em julho. Nos meses anteriores, estava na casa dos dois dígitos, chegando a atingir 20% em março.

"A base de comparação começa a ficar mais robusta, à medida em que começa a se comparar com meses nos quais a crise á não fazia tanto efeito", observou Macedo.

No acumulado em 12 meses, a indústria tem elevação de 9,9%, maior variação desde julho de 95, quando a alta chegou de 10%.

No acumulado de janeiro a agosto, o avanço de 14,1% é o maior da série, desde o início da série histórica, em 1991.






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