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Quinta - 30 de Setembro de 2010 às 17:26
Por: Patrícia Sanches

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O vereador Toninho de Souza (PDT) denunciou a existência de uma suposta “máfia da seca” em Cuiabá. O grupo, que conta com a participação de servidores e até de um diretor da Sanecap, lesaria a população ao manipular o controle de distribuição de água, impedindo que o líquido essencial a a vida chegue a residências de alguns bairros da Capital. “Como a distribuição é feita manualmente, basta virar a chave para impedir o abastecimento. Essas pessoas estariam recebendo propinas para deixar os bairros sem água, beneficiando empresas de caminhões-pipa”, denuncia Toninho, em visita ao RDNews.

  Os donos dessas empresas, que seriam ligados ao diretor da Sanecap, aproveitariam o problema para vender água à população. Os alvos seriam principalmente os condomínios. “Como cada caminhão-pipa custa de R$ 150 a R$ 250, por semana um condomínio gasta de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil por semana. É uma verdadeira indústria da máfia seca, ganhando dinheiro com um problema grave”, afirmou o pedetista, que tornou público o suposto esquema durante a sessão ordinária desta quinta (30).

O vereador pontua que a denúncia faz sentido se a população observar que de uma hora para outra começou a faltar água em bairros de classe média, que não sofriam com este problema. “Isso ocorre de uma hora para outra, mesmo sem o rompimento de adutoras. Uma outra pergunta que me faço é da onde vem tanta água para que essas empresas forneçam”, cutuca.

Ele preferiu preservar o nome das pessoas que fizeram as denúncias devido ao fato delas poderem ser vítimas de represálias. Pontua, entretanto, que trata-se de um caso delicado que precisa ser investigado a fundo pelo presidente da Sanecap Carlos Roberto, o Nezinho. “Vou encaminhar um ofício para o presidente da Sanecap solicitando providências e vamos dar um tempo para que ele realize uma sindicância, averigue e situação e, se necessário, puna os envolvidos”

Outro lado

O presidente da Sanecap recebeu a denúncia formulada por Toninho nesta quinta, no final da tarde, e garantiu que o caso vai ser apurado por meio de uma sindicância. Ainda conforme Nezinho, se for detectada alguma irregularidade os culpados vão responder a processos administrativos e vão ser punidos.

Ele reconheceu que nem todo o sistema de distribuição é automatizado, mas, por enquanto, disse que prefere acreditar que nenhum servidor da companhia tenha praticado ato ilícito. “Espero que em nosso quadro não tenha alguém com esse perfil. Muito menos um diretor da Sanecap porque isso seria brincar com a população”, reagiu Nezinho.

O presidente da Sanecap pondera também que a falta de água não é um problema que ocorre em Cuiabá, mas também em Várzea Grande e outros municípios. Além disso, ele pontua que neste ano a seca que atingiu a Capital foi pior que a do ano passado, também tendo reflexos na distribuição de água. “Ficou sem chover por quase 120 dias”, argumenta.





Fonte: RD News

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