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Saúde
Quinta - 30 de Setembro de 2010 às 14:54

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A médica gaúcha Ana Paula Tedesco, escolhida para representar o Brasil na Reunião Anual, promovida pela Academia Americana de Paralisia Cerebral, que teve como tema Shared Learning - global Perspective, que visa o conhecimento de como é a paralisia cerebral ao redor do mundo. O evento, que aconteceu de 22 a 25 de setembro, em Washington (USA) é referência mundial no tratamento da paralisia e de outras doenças neurológicas. Dra. Ana Paula abordou principalmente a paralisia cerebral no Brasil, aspectos positivos e negativos desde o diagnóstico, tratamento e visão na sociedade.

"Foi muito bom levar a visão do Brasil para o mundo inteiro. Para se ter uma ideia, outros painelistas eram um ortopedista do Vietnam, e dois neurologistas, um do Iraque e uma de Bangladesh", contou. A médica revelou, ainda, que a situação do Brasil não é ruim. "Posso dizer que nossa situação parece melhor, a deles é de total desorganização, o atendimento é feito da forma que dá, sem tentativa de estruturação multidisciplinar, o que é fundamental no tratamento da Paralisia", revelou.

Os presentes no evento elogiaram a participação da brasileira. "Eles falaram muito que, de forma individual, estou conseguindo organizar coisas tanto no serviço público, com a ampliação dos atendimentos quanto no privado, com o Instituto de Neuro-ortopedia, que criei em Caxias do Sul", explicou.

Esses projetos criados pela médica são de fundamental importância para o trabamento destes pacientes. Um exemplo disso foi a criação do ambulatório de neuro-ortopedia da UCS, um dos poucos locais de atendimento multidisciplinar fora da AACD POA e a criação da oficina ortopédica, também da UCS, que hoje serve o setor público regional. "Antes os pacientes do SUS tinham que vir à capital e competir com pacientes de todo estado para ganharem aparelhos e cadeiras de rodas. Essa realidade conseguimos mudar", orgulhou-se.

"O que mais se falou foi nas alterações cerebrais que os pacientes mostram depois de algumas terapêuticas e a utilização da robótica na reabilitação motora", finalizou a especialista.






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