Tucano cita depoimento que teria feito acusação
Faltando quatro dias para a eleição, o candidato ao governo do Estado Wilson Santos (PSDB) denunciou suposto esquema de desvio de R$ 15 milhões no governo para a compra de ônibus escolares.
A acusação do candidato é baseada no depoimento do advogado Márcio Rondon Silva. Segundo o ex-prefeito, Márcio foi ameaçado de morte e ganhou proteção da Polícia Federal. Porém, as duas procuradoras que o ouviram afirmaram que não pediram proteção para o Márcio.
Por meio de assessoria, as procuradoras Ana Paula Fonseca e Márcia Brandão Zollinger disseram que não comentam casos sigilosos, mas informaram que Márcio Rondon Silva não está sob proteção a pedido do MPF.
No depoimento, o advogado afirma que o governo comprou 511 ônibus através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no programa “Caminhos da Escola”. Porém, apenas 248 foram entregues. A diferença foi transformada em propina e distribuída. Conforme advogado do governador, apenas 238 foram comprados e só não foram entregues porque a legislação eleitoral não permite em período de campanha.
Wilson contou que Márcio foi seu aluno há 15 anos e que, pelas ameaças, resolveu passar tudo para Wilson, a fim de que ele revelasse tudo. Ele teria procurado o pessoal do candidato Mauro Mendes (PSB), mas Wilson disse que Márcio “não teve confiança para passar”. O tucano afirmou que o advogado não pediu “um centavo” a ele.
Conforme o ex-prefeito, outra figura polêmica estaria envolvida no caso: Marcos Narita. “Ele foi contratado para organizar todo o esquema”, afirmou Wilson.
Não é a primeira vez que Wilson e Narita aparecem na mesma história se estranhando. O tucano, quando deputado estadual, o investigou numa CPI na Assembleia Legislativa.
Pelas declarações de Wilson, Márcio Rondon Silval esteve no Ministério Público no dia 13 deste mês. “Ele afirmou que viu cenas inacreditáveis com distribuição de dinheiro”.
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