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Nacional
Quarta - 29 de Setembro de 2010 às 16:44

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Representantes da associação das famílias de vítimas do acidente entre o jato Legacy e o voo 1907 da Gol realizaram nesta quarta-feira um ato simbólico na zona oeste de São Paulo. Na ocasião, o grupo tentou entregar réplicas das duas caixas pretas das aeronaves para representantes da American Airlines no Brasil.

O acidente completa quatro anos nesta quarta-feira. As 154 pessoas que estavam no Boing da Gol morreram. Já os dois pilotos do Legacy retornaram para os Estados Unidos e não sofreram qualquer punição. O processo do caso ainda corre na Subseção da Justiça Federal de Sinop (MT).

Um dos pilotos do Legacy, Jan Paul Paladino, trabalha hoje na American Airlines --o outro continua na ExcelAire No documento que seria entregue hoje, a associação das famílias pede o afastamento de Paladino até a conclusão do processo. As famílias entregariam ainda pen drives com as informações das caixas pretas originais.

Para o advogado das famílias Dante D"Aquino, a conversa entre os pilotos do Legacy que estava na caixa preta "mostra todo o desconhecimento deles com a aeronave". "Eles estavam brincando", diz D"Aquino.

A associação na conseguiu falar com nenhum representante da American Airlines durante o ato. Todo o material foi deixado na recepção do prédio. De acordo com a presidente da associação das famílias, Angelita De Marchi, a assessoria de imprensa da associação tentou contato com a American Airlines diversas vezes, sem sucesso.

"Se eu for aos EUA e o piloto se identificar dizendo "eu sou Jan Paul Paladino" como vou me sentir? O mínimo que a empresa deveria fazer é ter a dignidade de vir aqui receber o que tínhamos "para entregar", diz De Marchi, que é viúva de Plínio Luiz de Siqueira Júnior, que estava no voo 1907.

Após quatro anos, o processo contra os pilotos do Legacy está agora em fase final de coleta de provas, segundo o advogado da associação das famílias. De acordo com ele, uma testemunha será ouvida no dia 5 de outubro --o chefe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) na época do acidente, Jorge Kersul Filho.

A Folha entrou em contato com a American Airlines, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Caso a empresa se manifeste, seu posicionamento será incluído neste texto. 






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