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Saúde
Quarta - 29 de Setembro de 2010 às 15:22

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Teste que detecta o vírus da Aids; 10 milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso ao tratamento
Teste que detecta o vírus da Aids; 10 milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso ao tratamento

Mais de 50% das pessoas infectadas pelo vírus da Aids não sabem que estão contaminadas e 10 milhões em todo o mundo não têm acesso a remédios e tratamento. O alerta está em um novo relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde), que aponta a necessidade de US$ 10 bilhões para garantir o tratamento a todos.

No mundo, 33,4 milhões de pessoas são portadoras do HIV, mas apenas um terço tem acesso a remédios. No Brasil, cerca de 250 mil não sabem que estão contaminadas. O país não integra o grupo de nações que garantiram acesso universal ao tratamento.

A constatação da OMS é de que, em uma década, avanços importantes foram feitos para garantir que a população mundial tivesse acesso a remédios. Mas nenhuma das metas estabelecidas pela ONU foi atingida. Em 2003, a meta era ter, após dois anos, 3 milhões de pessoas sob tratamento. O número só foi atingido em 2007.

Para 2010, a meta era conseguir, nos países em desenvolvimento, que 80% da população - um total de 15 milhões de pessoas - tivesse acesso aos tratamentos. Mas, segundo a OMS, ao final de 2009 o número era de apenas 5,2 milhões, 36% do total. Só oito países atingiram a marca dos 80%, entre eles Romênia, Ruanda, Cuba e Botsuana. A ONU (Organização das Nações Unidas) adotou 2015 como o novo prazo para atingir esse objetivo.

Polêmica brasileira

Os dados sobre o Brasil são alvo de polêmica. Por uma disparidade na forma de contar o número de doentes e de pessoas com acesso a remédios, a OMS indica que entre 50% e 80% dos brasileiros com o HIV recebem tratamento. Entre 20 mil e 190 mil pessoas no país precisariam de medicamentos. A OMS considera a epidemia da Aids no Brasil "concentrada" em determinadas parcelas da população, diz Dirceu Greco, do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Greco cita como exemplo a queda na transmissão vertical e a estabilidade na taxa de mortalidade.

– E não há fila para entrar no programa de tratamento.

Ele afirmou que o teste para detectar a doença pode ser feito em qualquer Unidade Básica de Saúde.





Fonte: AE

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