SRTE encerra greve de 172 dias
Os servidores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) suspenderam a greve que já durava 172 dias. Mesmo com o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) não tendo sido conquistado, os grevistas resolveram retomar 100% dos serviços para não prejudicar a população. O objetivo é que a exigência seja alcançada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma das participantes do comando de greve, Ivete Vicentina de Amorim, disse que a decisão foi consenso na Assembleia Geral realizada na manhã de ontem (28) e que os servidores continuaram pressionando para o PCCS seja aprovado.
"A greve é feita por etapas. Suspendemos para que a população não sofra mais. A decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de que a greve é legítima foi uma grande vitória para nós".
Os grevistas reclamam que sem o PCCS é muito difícil dar um atendimento digno às pessoas, já que o número é muito abaixo da demanda. "Mato Grosso está crescendo muito e não temos servidores suficientes para o trabalho".
Atualmente, a SRTE conta com 72 funcionários para todo o Estado.
O impacto para a população ainda não foi calculado pelo comando de greve, mas estima-se que não houve grandes prejuízos já que a superintendência contava com 50% do efetivo no trabalho (20% superior ao que determina a legislação).
Outro motivo que reduz o impacto é que o setor de atendimento não havia aderido à paralisação.
Engavetado desde fevereiro deste ano, o PCCS aguarda a aprovação do Ministério do Planejamento e Orçamento. A demora mobilizou não apenas a SRTE de Mato Grosso, mas de todo o país. Todos os servidores decidiram em assembleia a suspensão ou não do ato.
Comentários