Temendo ostracismo, Wilson prioriza candidaturas de Carlão e Thelma
Há duas décadas ele vinha ocupando ininterruptamente cargo eletivo, renunciou ao mandato de prefeito da Capital em final de março deste ano para tentar cadeira de governador e, pelo que aponta todas as pesquisas de intenção de voto, não irá nem para o segundo turno. Em terceiro lugar nas amonstragens, começa a buscar outras estratégias para reconquistar espaço na vida pública pós-candidatura ao Paiaguás. Trata-se de Wilson Santos (PSDB). Sua investida agora, com apoio de todo o grupo do tucanato, é nas candidaturas de Carlos Carlão do Nascimento para deputado estadual e, de Thelma de Oliveira à Câmara Federal.
Carlão já ocupou cadeira na Assembleia, presidiu o Detran e comandou a Educação na gestão Dante de Oliveira. Com Wilson prefeito, foi secretário de Educação da Capital e agora sonha em reconquistar mandato de deputado. Wilson deixou claro dentro do PSDB que é preciso eleger Carlão. O tem como companheiro leal, de confiança e de grupo, assim como este demonstrou junto ao ex-governador Dante, que faleceu em 2006.
Ao priorizar Carlão, o candidato a governador ignora outras candidaturas, principalmente do já deputado Guilherme Maluf, que está "queimado" dentro do PSDB desde quando deixou a pasta da Saúde, após divergências com Wilson e, para piorar, sinaliza nos bastidores estar apoiando o projeto de reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB). Se Maluf, que pontua melhor nas pesquisas que Carlão, não reforçar a candidatura, perderá espaço para o colega de partido por causa das articulações de última hora de Wilson. Para não cair no ostracismo definitivo, o ex-prefeito precisa de uma voz na Assembleia. Isso só será possível com Carlão, que promete retribuir a ajuda cedendo espaço no gabinete e disposto a atuar numa linha opositora, sob orientação do ex-prefeito. Carlão e Maluf concorrem pela legenda tucana, que está coligada com DEM e PTB. O bloco deve eleger três. Também estão na briga por essas vagas o também tucano Carlos Avalone e os democratas e deputados José Domingos, Chica Nunes e Gilmar Fabris.
Já para a Câmara, a prioridade de Wilson, assim como do candidato a senador Antero de Barros, é a reeleição da presidente do PSDB Thelma de Oliveira. Seria a única considerada leal do grupo e que pode ajudá-lo nas inserções políticas. Isso deixa, por outro lado, Nilson Leitão e Rogério Salles na bronca. Eles também são candidatos a federal. A esperança de Wilson, que ficará sem mandato, é ter voz na AL e na Câmara dos Deputados com Carlão e Thelma. Sem ambos, ficará "enterrado" politicamente por alguns anos.
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