Adversários trocam farpas em debate em Alagoas
No último debate para o governo de Alagoas antes do primeiro turno teve troca de farpas entre os principais adversários, mas os candidatos evitaram bater de frente com seus opositores.
O candidato Mário Agra (PSOL), que tem menos de 1% das intenções de voto, perguntou ao senador Fernando Collor (PTB) se o instituto Gape, que pertence ao grupo de comunicação da família do petebista, manipulou ou não o resultado da pesquisa divulgada no final de agosto.
Nesta terça, o Ministério Público Eleitoral pediu a cassação da candidatura do petebista por possível manipulação da pesquisa para colocá-lo na liderança da disputa. Collor negou a manipulação e disse que não interfere no resultado. "Não vou discutir mais esta bobagem."
Os três principais candidatos ao cargo, Collor, Ronaldo Lessa (PDT) e Teotonio Vilela Filho (PSDB) --tecnicamente empatados-- procuraram ressaltar as ações de suas administrações passadas.
Vilela Filho, que disputa a reeleição, disse que seu governo trouxe para o Estado 42 novas indústrias, 30 hotéis e 20 empreendimentos que vão gerar 100 mil empregos diretos e indiretos.
Na réplica, Collor disse que não vê nenhum dos investimentos anunciados. "O pior cego é o que não quer ver", disse Vilela Filho.
Ronaldo Lessa, aproveitou o debate para dizer que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) havia confirmado sua candidatura. Ele teve o registro indeferido pela Lei da Ficha Limpa e disputa a eleição amparado por um recurso. O julgamento foi interrompido por um pedido de vista.
Em Alagoas o debate foi promovido pela TV Gazeta, do grupo de comunicação da família de Collor.
Na terça, o pleno do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Alagoas chegou a conceder uma liminar para que o candidato Tony Cloves (PCB) participasse do debate.
Segundo as regras definidas pela emissora, apenas candidatos de coligações com representação no Congresso participariam do evento. A emissora recorreu ao TSE e conseguiu derrubar a liminar, o que suspendeu a participação de Cloves.
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