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MT Eleições 2014
Terça - 28 de Setembro de 2010 às 22:51

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT), Claudio Stábile, lamentou ontem (27.09) a ausência do atual governador e candidato à reeleição Silval Barbosa (PMDB), no tradicional debate da entidade, que foi inclusive remarcado em razão da agenda do governador. Compareceram ao debate os candidatos a governo do Estado de Mato Grosso pelo PSB, Mauro Mendes, pelo PSOL, Marcos Magno, e pelo PSDB, Wilson Santos.

Durante seu discurso, Stábile repetiu várias vezes que era lamentável o não comparecimento do governador e afirmou que hoje o Judiciário em Mato Grosso cresce pouco em relação ao desenvolvimento do Estado . "Entendemos que quem perde mais é o candidato porque ele teria uma grande oportunidade de expor ideias, seu modo de pensar e seu projeto para o Judiciário. Com a recente greve do Judiciário o cidadão ficou sem justiça. Nesta oportunidade a classe jurídica integrante da sociedade civil organizada deveria ouvir propostas pra evitar este tipo de situação em Mato Grosso", argumentou.

Ao longo do debate, Mauro explicou como planeja administrar o Estado, se eleito, e ainda defendeu uma repactuação de orçamentos entre os Poderes. "Atualmente o crescimento do Estado é irreal, pois o que vemos é um crescimento grande mas um lucro pequeno. A cada ano que passa o crescimento dobra, mas a margem de lucro - serviços e qualidade de vida do cidadão - é cada vez menor", ponderou.

Questionado por um candidato oponente se ele é favor das emendas parlamentares e diminuição do duodécimo da Assembléia Legislativa, Mauro afirmou que defende acima de tudo uma repactuação entre os Poderes para revisão dos duodécimos repassados pelo governo.

"Percebo hoje profundas distorções, como inchaço da máquina pública. Nos últimos anos carga tributária aumentou de 20% para 37% para o cidadão, no entanto não houve aumento e melhora na oferta de serviços públicos. Há Poderes como o Legislativo que recebem por ano mais de R$ 230 milhões para administrar um quarteirão com apenas 24 cidadãos. É um absurdo", apontou Mauro.

O candidato do PSB ainda afirmou que hoje é preciso mais transparência nos processos da gestão pública. Ele defendeu que os Poderes precisam ser fiscalizados com veemência pela Assembléia, Tribunal de Contas e Ministério Público, o que muitas vezes não acontece.

Mauro afirmou ainda que, como governador, irá sempre manter o diálogo aberto com os Poderes constituídos, mas que não admitirá prejuízos aos cidadãos nos casos de paralisação. "Eu respeito a autonomia dos Poderes . Nosso compromisso é de tentar trabalhar em harmonia e criar condições para dar eficiência aos Poderes. A ineficiência gera resultado ruim e amarra o crescimento. Assim, nem o Estado nem os poderes podem devolver o cidadão serviços de qualidade", finalizou.






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