Bradesco espera inadimplência de 3,7% no fim do ano
O Bradesco espera chegar ao final do ano com inadimplência em 3,7%, frente a 4% no segundo trimestre, disse nesta terça-feira o vice-presidente e diretor de Relações com Investidores do banco, Domingos Abreu.
"Há espaço ainda para melhorar os níveis de inadimplência, mas a melhora não será tão rápida quanto nos últimos trimestres", afirmou a jornalistas.
A inadimplência medida pelo saldo das operações de crédito vencidas há mais de 90 dias ficou no segundo trimestre no menor nível desde o encerramento de 2008, no ápice da crise mundial reforçada pela quebra do banco norte-americano Lehman Brothers.
A redução dos calotes veio como consequência da forte atividade econômica no Brasil, com aumento da renda e redução do desemprego.
Abreu disse ainda que o Bradesco mantém a previsão de aumento de sua carteira de crédito de 21% a 25% em 2010. Para 2011, o banco ainda não tem projeções de expansão dos empréstimos.
O executivo afirmou também que será difícil de o Bradesco retomar a participação no mercado de crédito perdida para os rivais estatais durante a crise global, quando as instituições financeiras privadas no Brasil pisaram no freio e as públicas ampliaram os financiamentos como forma de conter a queda da economia.
"Dificilmente vamos retomar o nível (de market share) que tínhamos antes da crise", reconheceu o vice-presidente do Bradesco.
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