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Suinocultores querem preço mínimo regional e metodologia da Embrapa
Representantes da suinocultura defendem que o cálculo do preço mínimo da carne suína leve em conta as diferenças regionais no mercado brasileiro. Para eles, é a melhor alternativa, já que as cotações dos grãos, principalmente o milho, que tem maior impacto no custo de produção, são regionalizadas.
Proposta originada no Senado, a inclusão da carne suína na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara na semana passada. Como a tramitação era em caráter conclusivo, não há necessidade de votação em plenário e o texto segue para a sanção presidencial.
– O mais importante é a normatização da lei – afirma o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos, Valdomiro Ferreira Júnior. Para ele, os preços podem ser divididos em três regiões: Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
– Em um primeiro momento, seria o melhor. Os preços dos grãos em São Paulo são diferentes dos preços em Mato Grosso.
O presidente da Associação dos Criadores do Rio Grande do Sul, Valdecir Folador, concorda.
– Não dá para trabalhar sem considerar as diferenças. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul é uma coisa. Rio Grande do Sul e Santa Catarina é outra. O Sul precisa do milho do Centro-oeste e isso aumenta os custos por causa da logística.
Outro ponto-chave na discussão é o cálculo do custo que vai servir como referência para a definição do preço mínimo. As lideranças defendem que seja utilizada a metodologia da Embrapa Suínos e Aves, que faz levantamentos mensais em dez Estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Pernambuco e Ceará.
– O importante é que cubra pelo menos o custo de produção. E há plenas condições de se elaborar isso a partir das planilhas da Embrapa. O setor avaliza essa metodologia – defende Folador. Segundo ele, desta forma, é possível que se tenha o preço mínimo até o início do ano que vem.
Para o Presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, o preço mínimo tem que ser realmente estadualizado e ter como balizador os dados da Embrapa por ser especialista no assunto.
– A Embrapa desenvolve tecnologias para a produção de suínos que são aceitas por produtores, agroindústrias e consumidores por terem sido testadas em campo e aprovadas por números, dessa forma, teremos toda a certeza que os números publicados com relação a custos estão dentro da realidade do Estado e o produtor precisa receber o mínimo sobre este custo. Outro fator importante é que este custo seja atualizado automaticamente conforme haja mudanças fortes nos mesmos, como foi na crise vivida no ano passado – disse o presidente.
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Assessoria
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