A enquete, que ouviu 22 mil pessoas em 22 países, revelou que as pessoas estimam em média que 52% do dinheiro que pagam em impostos não é usado com serviços públicos e de acordo com os interesses dos cidadãos.
No Brasil, segundo a pesquisa realizada pela Globescan/PIPA, essa estimativa é mais alta. Para os brasileiros ouvidos, 63% do dinheiro dos impostos não é gasto de forma devida.
A estimativa brasileira também é a terceira maior entre países estudados, atrás somente da Colômbia, onde acredita-se que 74% dos impostos é mal gasto, e do Paquistão, onde a média é 69%.
Já os americanos e chineses supõem que cerca de metade do seu dinheiro é destinado a outros fins que não o interesse público. Nos Estados Unidos, a estimativa é de 55%. Na China, 46%.
Apesar da falta de confiança na responsabilidade dos governos, em 19 dos 22 países a maioria da população gostaria que o governo tivesse um papel mais ativo na economia.
No Brasil, onde a pesquisa ouviu pessoas em nove capitais, 64% dos entrevistados gostariam de supervisão governamental no mercado, mas a média é 11 pontos percentuais menor do que em 2009.
O estudo indicou que 78% dos entrevistados – a maioria em todos os países menos em um – também acham que o governo deveria subsidiar alimentos para manter os preços baixos para o consumidor.
77% dos brasileiros também disseram preferir que o governo corte serviços ao aumentar as taxas na hora de tomar medidas para diminui déficit e dívidas.
Otimismo
O estudo também constatou que 57% da população brasileira é otimista com relação à economia o país no próximo ano.
Esse índice é bem mais acima da média mundial. Somente 30% das pessoas ouvidas nos 22 países acreditam que 2011 será um bom ano para a economia. Vinte e seis por cento esperam maus momentos e os outros 36% uma alternância entre períodos econômicos bons e ruins.
O Brasil é o terceiro país mais otimista, atrás somente de Índia e Nigéria, e seguido pela China e pelas Filipinas.
Entre os mais pessimistas estão o Reino Unido, a França, os Estados Unidos e a Espanha.
As entrevistas foram feitas entre junho e setembro deste ano.
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