Bezerra tenta se manter no poder
Ele fará 69 anos de idade no próximo 4 de novembro, ocupou vários mandatos e, embora seja carimbado como um líder da velha guarda desgastado e com práticas políticas que impedem surgimento de novas forças dentro do PMDB, deve continuar exercendo forte poder na vida pública em Mato Grosso ao menos pelos próximos quatro anos. Trata-se do cacique político Carlos Bezerra. A considerar os números das pesquisas de intenção de voto, o seu PMDB deve reconquistar o Palácio Paiaguás duas décadas depois de Bezerra ter comandado o Estado.
Por mais que o governador Silval Barbosa tente esconder Bezerra, inclusive esquivando-se de pressões, não tem como negar que, em caso de reeleição, o cacique brigará, por exemplo, por indicação de cargos. Além do mais, o deputado federal joga pesado para reconquistar o terceiro mandato à Câmara e, de quebra, ainda eleger a esposa Teté como deputado federal. Também controla, como ditador, a legenda peemedebista, deixando ocupantes de cargos do partido, como vereador, prefeitos e deputados na condição de seus seguidores.
Assim, Bezerra deve ter voz do Paiaguás, na Assembleia, na Câmara Federal e nas prefeituras. Chegará aos 75 anos na ativa, como uma das principais lideranças políticas do Estado. Ele não se desconfiou que já deveria ter se aposentado politicamente, de modo a abrir espaço a outros.
Ele começou na vida pública nos anos 1970. Bezerra era do velho MDB (hoje PMDB). Deu a largada como prefeito de Rondonópolis, para cuja cargo foi feito três vezes. Veio a ser deputado federal por dois mandatos (79/83 e está no cargo desde 2007). Foi também governador (83/86) e senador (1995/2003).
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