Chapada em estado de emergência

As queimadas e a falta de água para o abastecimento levaram a Prefeitura de Chapada dos Guimarães (67 km ao norte de Cuiabá) a pedir situação de emergência. As estações de captação funcionam com 29% da capacidade, sendo que a principal, que retira água do córrego Quimera, foi desativada devido ao baixo nível do leito. Em situação normal, a produção é de 310 mil litros por hora e hoje não passa de 90 mil litros.

O prefeito Flávio Daltro Filho (PP) explica que situação é crítica e a administração precisa de recursos para contratar caminhões-pipa, medicamentos e brigadistas. Ele explica que quando os 2 reservatórios da cidade, que juntos têm 2 milhões de litros, estão cheios, a água tem pressão e consegue encher as caixas d"água das 3.680 casas do centro urbano. Na estiagem, a água chega nas torneiras rala e nas áreas mais distantes os canos ficam secos.

Outro problema da cidade são as queimadas, que acontecem em grande proporção tanto na área urbana como rural. Regiões que nunca foram atingidas pelo fogo, viram cinzas este ano, como é caso do Vale da Benção. O Parque Nacional também teve vários focos de grande proporção e recentemente, a área do Mirante, foi alvo do incêndio. Uma parceria realizada com o Corpo de Bombeiros pode ajudar no combate. O problema é que o município tem apenas 7 brigadistas.

Saúde - A secretária de saúde de Chapada dos Guimarães, Rosa Maria Blanco Manzano, assegura que os atendimentos aumentaram 40% nas unidades de saúde. As doenças respiratórias estão no topo da lista, sendo crianças e idosos os mais afetados. O sistema de saúde precisa de mais equipamentos para inalação e remédios.

Daltro marcou reuniões com a sociedade e vai publicar um decreto e na segunda-feira (27).