Presidenciáveis evitam temas espinhosos em debate e focam em propostas
Os candidatos à Presidência, que participam de debate promovido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) nesta quinta-feira, estão evitando tratar dos temas polêmicos desta eleição como os escândalos da Receita e da Casa Civil.
No segundo bloco, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) evitaram entrar em atrito quando um comentou a fala do outro.
A petista havia sido questionada sobre as crianças de rua e aproveitou para repetir suas promessas: construção de 6.000 creches, "rede cegonha" e o plano de combate ao crack.
No seu comentário, Serra também repetiu declarações que tem feito durante a campanha: falta de incentivo do governo federal para tratamento de dependentes e pouco controle das fronteiras.
O tucano sugeriu ainda que Dilma não seja religiosa ao dizer que não é "cristão de véspera de eleição".
O encontro é também sendo marcado, como nos outros, pelas frases de efeito de Plínio de Arruda Sampaio (PSOL).
Apesar de poderem comentar as respostas, os candidatos não podem se fazer perguntas diretas.
Uma das perguntas que mais movimentaram a plateia até o momento foi a questão do aborto.
"Sou a favor da vida. Nenhuma mulher quer fazer aborto. Tenho a vida como princípio e eu defendo o plebiscito", responde Marina Silva (PV).
Já Dilma se mostrou contrária a ampliar os casos de aborto permitidos por lei. "A legislação já prevê casos em que o aborto é factível. Não sei se acho que seria necessário ampliar esses casos. Não vejo muito sentido."
Ao comentar a pergunta da petista, Marina foi aplaudida ao dizer que não adota um "discurso de conveniência" sobre a polêmica.
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