Cabos eleitorais vão a comitê fazer protestos
Dezenas de cabos eleitorais protestaram no comitê central do candidato ao governo pelo PSB, empresário Mauro Mendes. Eles alegam estar há mais de um mês sem receber. O caso virou assunto de Polícia, já que as contratações foram feitas pelo candidato a deputado estadual César Lima (também do PSB), que usou o nome de Mauro sem permissão, segundo o socialista. Esse é o segundo protesto.
Cerca de 20 cabos eleitorais lotaram a entrada do comitê central de Mauro Mendes, localizado na Avenida da FEB, em Várzea Grande, por volta das 14h. Eles permaneceram no local por toda a tarde alegando que só sairiam se aparece um responsável pelo pagamento do que eles alegam.
"A gente quer uma resposta. Alguém tem que pagar porque a gente trabalhou. O problema é que fica um jogo de empurra-empurra", afirmou Adriana Andréia do Nascimento Alves. Acompanhada por mais de 20 cabos eleitorais, ela alega ter sido contratado por uma pessoa que se identificou apenas como Moisés, que disse ser coordenador da campanha de César Lima.
Os mesmo cabos eleitorais já haviam protestado na sexta-feira, quando Mauro Mendes concedia entrevista a uma emissora de rádio de Cuiabá. Depois do evento, César Lima deixou de atender os telefonemas dos cabos eleitorais. Também não retornou as ligações de ontem do jornal A Gazeta para comentar o assunto. Esse é o único caso de cabos eleitorais que cobram publicamente candidatos.
Outro lado - O coordenador jurídico da campanha de Mauro, advogado Paulo Taques, afirma ter uma ata comprovando que a campanha majoritária se comprometeu a pagar apenas 10 cabos eleitorais a César Lima.
Como o nome de Mauro foi usado em permissão, a coligação "Mato Grosso Melhor pra Você" já pediu à Polícia Federal que investigue o caso. Há suspeita de tentativa de extorsão porque várias pessoas teriam ameaçado o grupo de usar a imprensa para prejudicar Mauro Mendes se ele não pagasse a dívida. "Nós só vamos pagar quem for contratado pela campanha majoritária. Não temos nada contra essas pessoas, não sabemos se elas trabalharam ou não, mas eles têm que cobrar e receber de quem fez a contratação", afirmou Paulo Taques.
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