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MT Eleições 2014
Terça - 21 de Setembro de 2010 às 09:28
Por: Téo Meneses

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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) proibiu o candidato Mauro Mendes (PSB) de usar os programas de rádio e TV para vincular o nome e a imagem do governador Silval Barbosa (PMDB) ao caso dos maquinários. Determinou ainda que ele pare de insinuar que os R$ 44 milhões superfaturados na compra estariam sendo usados na campanha.

A decisão do TRE se deu ontem por unanimidade e atende pedido da coligação "Mato Grosso em Primeiro Lugar", que tem o governador Silval Barbosa como candidato à reeleição. Como o acórdão não foi publicado, a peça foi transmitida nos dois horários gratuítos de ontem.

Os membros do Pleno concordaram com o relator alegando que, da forma como foram feitas, as críticas ultrapassam o discurso característico dos embates políticos. No programa da coligação de Mauro aparecem manchetes de jornais expondo a imagem e o nome de Silval, além de uma atriz simulando conversa ao telefone e fazendo insinuações de que o dinheiro público seria utilizado na campanha. "(...) numa análise mais apurada, pode sim causar ao eleitor a impressão de que o representante (Silval Barbosa) teria obtido alguma benesse com o suposto desvio", afirma Samir Hammoud.

A coordenação jurídica da campanha de Silval, sob comando do advogado Francisco Faiad, sustenta que a propaganda de Mauro recorreu à "truncagem e sobreposição de imagens para prejudicar o governador". Por isso, já deveria ter sido suspensa. Silval ressalta também que cumpriu o papel de governador ao pedir a investigação. Por isso, aguarda conclusão do inquérito da Delegacia Fazendária para tomar providências.

O candidato Mauro Mendes, por outro lado, diz que a Auditoria Geral do Estado (AGE) apontou que houve sobrepreço de R$ 44 milhões na compra de máquinas e caminhões feita no início do ano e estaria apenas levando o assunto ao debate popular.

O advogado Paulo Taques, responsável pela coordenação jurídica da campanha de Mauro, afirma que avalia se vai recorrer contra a decisão. Ressalta ainda que não foi proibida a veiculação do assunto nos programas eleitorais, conforme divulgaram alguns sites de notícia em Cuiabá. "O que está proibido é dizer que esse dinheiro será usado em campanha e usar o nome e imagem do governador ao falar disso".

Mauro já teve dois cortes nos programas eleitorais, mas, segundo o TRE, ocorreram porque ele teria se beneficiado do tempo destinado aos candidatos a deputado. Foi o único concorrente ao governo a sofrer a punição.





Fonte: A Gazeta

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