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MT Eleições 2014
Terça - 21 de Setembro de 2010 às 06:48
Por: Sonia Fiori

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O debate realizado nesta segunda-feira (20), em Mato Grosso pela TV Gazeta, afiliada da Rede Record, entre os quatro candidatos ao governo, Silval Barbosa (PMDB), Wilson Santos (PSDB), Mauro Mendes (PSB) e Marcos Magno (PSOL), foi marcado por ataques, críticas e discursos efusivos entre os postulantes. Silval, que concorre à reeleição, lidera as pesquisas de intenção de voto no Estado.

O debate contou com muitas "armadilhas e pegadinhas", ou popularmente a "cama de gato". Uma tentativa de desarticular o candidato adversário na hora de responder. A tática foi mais utilizada por Mauro, Wilson e Marcos.

Estrategicamente, Wilson e Mauro, que esperam ganhar terreno eleitoral para abrir possibilidade de realização de segundo turno, lançaram sobre o governador questionamentos a respeito da gestão do Estado, inclusive sobre denúncias que pairam sobre a administração de Mato Grosso.

O candidato tucano tentou minar a imagem de Silval ao lembrar o episódio do Programa Mato Grosso 100% Equipado, que é alvo de investigação por suposto superfaturamento de aproximadamente R$ 44 milhões. As irregularidades teriam ocorrido na gestão do ex-governador Blairo Maggi (PR), que deixou o governo no dia 31 de março deste ano para se dedicar à disputa ao Senado. Silval, que era vice, assumiu o comando de Mato Grosso.

O candidato fez questão de responder ao lembrar que partiu do então governador do Estado a decisão de investigar o caso, além de determinar a devolução aos cofres públicos dos recursos supostamente desviados. Também lembrou que o processo atravessa fase de investigação e que na prática, nada foi comprovado.

O candidato tucano e o empresário Mauro Mendes também trocaram farpas durante o debate. Wilson pediu "explicações" para Mauro a respeito da mudança de opinião sobre o candidato Silval - que de aliado no passado se tornou o principal adversário na corrida pelo governo. Mauro, ex-republicano, disputou a prefeitura de Cuiabá nas eleições municipais de 2008, período em que contou com aval do então vice-governador, Silval.

O candidato do PSB assegurou que só há quatro meses teria obtido informações sobre os desmandos na gestão do Estado que segundo ele, contam com apoio do atual governador. Wilson também atacou o Silval pela política de incentivos fiscais, lembrando de decreto publicado em dezembro de 2009, de número 2211, que teria anulado pendências da empresa de fertilizantes Fertipar junto ao Executivo estadual de aproximadamente R$ 155 milhões.

O governador destacou sua confiança sobre a gestão do então chefe do Executivo estadual, Blairo Maggi, ressaltando que assumiu o comando de Mato Grosso no dia 31 de março deste ano. Frisou ainda que em sua gestão, não houve nenhuma ação semelhante. Silval também lançou sobre Mauro Mendes críticas pontuais.

O governador tentou desestabilizar Mauro ao afirmar que o adversário "deve" respostas à sociedade porque responde a pelo menos duas ações na Justiça. Ele lembrou as contas de campanha do candidato do PSB, referente às eleições de 2008, que foram reprovadas pela Justiça em primeira instância. E fez questão de afirmar que Mauro também responde ação por compra de apoio eleitoral do PRTB à época.

Mauro cutucou o adversário Silval Barbosa ao afirmar que ele é dono de rede de televisão e rádio no interior de Mato Grosso e que utiliza "laranjas" para responder pelas empresas. Silval também foi acusado pelo candidato Marcos Magno de manipular a mídia por meio do uso indevido da secretária estadual de Comunicação.

Na última fase do debate, os candidatos amenizaram os discursos para dar ênfase à apresentação das propostas que cada um defende para a administração do Estado.

Wilson, que lançou críticas sobre o setor da segurança pública, reiterou os planos para o setor caso vença a disputa eleitoral. Ele também ressaltou outros itens de seu programa, como a área da educação. Silval assegurou a importância da continuidade dos trabalhos à frente do Estado para melhorar áreas como a da saúde, educação além do setor industrial. Mauro prometeu implementar uma nova gestão, com base na seriedade dos trabalhos.






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