O debate promovido pela TV Aratu/SBT entre os cinco candidatos ao governo da Bahia com representação no Congresso Nacional demonstrou, como se poderia esperar, um concentração dos candidatos de oposição contra Jaques Wagner (PT). Paulo Souto (DEM) e Geddel Vieira Lima (PMDB) procuraram "estadualizar" mais as discussões. Já Luiz Bassuma (PV) e Marcos Mendes bateram bastante em "tapar o ralo da corrupção" e conter favorecimento de grupos empresariais como forma de melhorar a gestão de recursos.
Houve, entretanto, crítica entre os candidatos de oposição. Tanto Geddel como Souto insistem, durante seus programas em horário eleitoral, em criticar a situação da segurança pública no estado. O peemedebista, entretanto, questionou a capacidade de o democrata reverter a situação, apontando que, na administração de Souto entre 2003 e 2006, os números de homicídios teriam se elevado de 1735 para 2344 por ano. O democrata, por seu lado, disse que não seriam estes os números registrados na Secretaria de Segurança Pública.
Quando questionado sobre como lida com a corrupção pelo candidato Luiz Bassuma, o candidato petista à reeleição afirmou que "não convivo com nada feito errado". Ainda sobre as acusações de corrupção, o candidato a vice de Wagner, Otto Alencar (PP), após o debate afirmou que assistiria aos vídeos do debate para definir se processaria os candidatos Bassuma e Mendes, que o acusaram de corrupção quando fora secretário de Saúde em gestão carlista.
"Na minha carreira como secretário de Saúde todas as contas, inclusive as de verbas federais, foram aprovadas pelo Tribunal de Contas de União (TCU) e em toda a minha vida pública nunca houve nada de ilícito. Tanto Marcos Mendes quanto Bassuma tentam, sem provas, me enxovalhar mas, se for o caso, os processarei", afirmou Wagner.
Ataques
O candidato Jaques Wagner, apesar de atacado, procurou ser mais propositivo e apresentou dados de sua gestão. Falando a Paulo Souto, disse que os governos carlistas deixaram mais de 2,1 milhões de analfabetos no estado. Souto, por seu lado, disse que o programa de alfabetização do petista precisaria ser auditado em seus números - segundo o governo petista foram quase 500 mil alfabetizados. Wagner disse que mostraria o endereço de cada um deles.
Souto, por seu lado, fez críticas ao candidato do Psol, Marcos Mendes, que se portou como franco atirador. O democrata, querendo comparar, ironizou: "O PT também tinha o monopólio da ética". Com o candidato Luiz Bassuma, entretanto, Souto fez bate-bolas; o que também se observa nas propagandas eleitorais, quando o candidato do PV ao governo elogiou projetos do candidato democrata ao Senado, José Carlos Aleluia - o PV lançou apenas a candidatura de Edson Duarte ao Senado, abrindo mão da segunda candidatura.
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