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Brasil Eleições 2012
Domingo - 19 de Setembro de 2010 às 11:37
Por: Débora Santos

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Débora Santos/G1
Dilma Rousseff (PT) durante carreata em Ceilândia, próximo a Brasília, neste domingo
Dilma Rousseff (PT) durante carreata em Ceilândia, próximo a Brasília, neste domingo
 
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, voltou a rebater neste domingo (19) denúncia trazida pela revista "Veja" sobre tráfico de influências dentro da Casa Civil na época em que era ministra-chefe. Dilma participou de carreata na cidade-satélite de Ceilândia, a 30 km do centro de Brasília.

Segundo a revista, funcionários da Casa Civil teriam recebido no ano passado propina pelo contrato emergencial de compra do medicamento Tamiflu, usado para combater a gripe H1N1, entre eles, Vinicius de Oliveira Castro, compadre, apontado como sócio do filho da ex-ministra Erenice Guerra, e ex-assessor da pasta.

Dilma declarou que o Tamiflu é fornecido por um laboratório internacional e a negociação é feita pelo Ministério da Saúde. A Casa Civil não tem atuação nessas negociações, afirmou a candidata. "Não entendo esta reportagem. Se ela for esclarecida, será muito bom para a população."

Isso é uma tentativa do senador Alvaro Dias de criar um factoide. Eu já foi acusada de quase tudo. Convite do senador Alvaro Dias não aceito nem para cafezinho."
Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência

A carreata, que durou cerca de 40 minutos, foi organizada pelo candidato ao governo do DF Agnelo Queiroz, do PT, e os candidatos ao Senado pela sua coligação, Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg (PSB).

Dilma também comentou a proposta do senador Alvaro Dias (PSDB) de encaminhar na próxima segunda (20) requerimento do partido à Comissão de Constituição e Justiça da Casa para que a ex-ministra-chefe seja convidada para esclarecer as denúncias de tráfico de influência.

"Isso é uma tentativa do senador Alvaro Dias de criar um factoide." Dilma afirmou que o parlamentar tucano tenta sistematicamente "tumultuar" as eleições. "Eu já foi acusada de quase tudo. Convite do senador Alvaro Dias não aceito nem para cafezinho", disse.

Questionada se se sentia traída sobre o suposto envolvimento do ex-assessor da Casa Civil no caso de tráfico de influência, Dilma declarou que eu "não nomeei esse senhor (Vinicius), não o conhecia, não tinha porque me sentir traída, porque ele não era da minha confiança. Ele não era meu assessor, eu não farei julgamentos nesta questão antes de ver os fatos apurados".

Nova suspeita e investigação
A Polícia Federal e o Tribunal de Contas da União vão investigar a nova denúncia, publicada pela "Veja", envolvendo parentes e amigos da ex-ministra Erenice Guerra. O procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU),Marinus Marsico, disse que vai pedir que as novas denúncias sejam investigadas.

"Pela sucessão de indícios, observamos que há realmente tráfico de influência. É difícil que cada fato desses seja apenas uma mera coincidência", afirmou o procurador.

A denúncia, segundo a revista, partiu de Marco Antônio Oliveira, tio de Vinícius e ex-diretor dos Correios, demitido do cargo por Erenice. A declaração de Marco Antônio foi gravada, segundo a “Veja”.

Neste sábado, no Rio de Janeiro, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, negou qualquer irregularidade na aquisição do medicamento e disse que a Casa Civil não teve participação na negociação. Mesmo assim, pediu investigação da Policia Federal.

“Todo o processo de aquisição desse medicamento foi realizado diretamente entre o Ministério da Saúde e o único laboratório produtor desse medicamento no mundo. A Casa Civil não teve nenhuma interferência nesse processo, nenhuma participação”, disse.





Fonte: Do G1

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