Bispo belga questiona obrigatoriedade do celibato dos padres
O bispo da cidade belga de Bruges sugeriu neste sábado o fim do celibato dos padres na Igreja Católica, em meio à polêmica desencadeada pelos escândalos de pedofilia no país.
"Creio que a Igreja deve se perguntar se é conveniente manter o caráter obrigatório do celibato", declarou Jozef De Kesel à rádio flamenca VRT.
"Poderíamos dizer que há padres que vivem no celibato, mas há pessoas para quem o celibato é humanamente impossível de ser respeitado que deveriam ter também a oportunidade de ser padre", acrescentou o bispo de Bruges, sucessor de Roger Vangheluwe, que desencadeou denúncias de pedofilia na Bélgica.
O ex-bispo de Bruges, 73, foi o primeiro bispo belga a renunciar em abril, depois ter confessado que havia abusado sexualmente de seu sobrinho.
A Conferência Episcopal Belga "tomou nota" das propostas de De Kesel, indicou seu porta-voz, considerando que este debate não é prioritário.
"Primeiro, devemos responder à questão do que vamos fazer pelas vítimas de abusos sexuais dentro da Igreja", disse o porta-voz, Jürgen Mettepenningen.
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