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MT Eleições 2014
Sábado - 18 de Setembro de 2010 às 08:54
Por: Romilson Dourado

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Três figuras emblemáticas na política consideradas fichas-sujas lutam de forma desesperada para se manter na vida pública. Tratam-se do deputado estadual Gilmar Fabris (DEM), do federal Pedro Henry (PP) e do ex-deputado estadual José Riva (PP). Todos enfrentam processos na Justiça. Fabris e Henry tiveram pedido de candidatura à reeleição negado, mas, mesmo assim, continuam em campanha. Riva obteve registro, mas foi cassado e desde 2003 convive com várias ações na Justiça por improbidade e que podem comprometer mais ainda o seu futuro político.

Hoje os três estão no olho do furacão, mas até recentemente eram lideranças influentes, inclusive em outros Poderes, como no Judiciário e Executivo. Com seu estilo raivoso, explosivo e polêmico, Fabris, ex-vereador por Rondonópolis e pecuarista na região Sul do Estado, já presidiu a Assembleia (95/96) e mandava no governo nos períodos em que os irmãos Júlio e Jayme Campos comandaram o Estado. Se envolveu em escândalos. Suas campanhas a deputado são marcadas por denúncias de abuso de poder econômico e político. Na última eleição geral, o cerco se fechou para o lado de Fabris. Correligionários foram flagrados em Poxoréu num esquema de compra de votos, o que levou o TRE a cassá-lo. Ele recorreu ao TRE e se "segura" no cargo porque conseguiu uma liminar no TSE. Por conta de processos pendentes e da condenação, teve registro negado. Se reeleito, não poderá tomar posse, a não ser que consiga novamente êxito nos embates jurídicos.

Pedro Henry é cacique político da Grande Cáceres. Está no quarto mandato. Também foi cassado, mas uma liminar o mantém no cargo. Por causa da Lei da Ficha Limpa, o deputado foi barrado. Nem parece aquele Henry líder do PP na Câmara que tinha trânsito livre no Palácio do Planalto, ao ponto de, em 2005, ter sido sondado pelo presidente Lula para comandar algum Ministério. Só não virou ministro porque o então presidente da Câmara Severino Cavalcanti se manifestou radicalmente contra. Henry investe pesado em sua campanha por novo mandato. Mas, a exemplo de Fabris, corre risco de ganhar e não poder assumir. Ele iniciou na vida pública como vice-prefeito de Cáceres, pelo PPS, em 1992. Depois foi diretor-administrativo da Sanemat. Elegeu-se deputado federal pelo PDT, em 1996. Dois anos depois foi eleito novamente à Câmara, desta vez pelo PSDB. Seu terceiro mandato veio em 2002, pelo PPB (atual PP). Mesmo enfrentando uma série de denúncias, se reelegeu com 73.312 votos.

Ex-prefeito de Juara, Riva acumulou poder. Possuía relação estreita com todas as autoridades do Estado. Estava no quarto mandato e sua articulação forte ajudou a mantê-lo neste período de 16 anos na Assembleia sempre nos dois cargos mais importantes da Mesa Diretora, alternadamente, como presidente ou primeiro-secretário de um Legislativo que hoje recebe R$ 18 milhões mensais de duodécimo. Agora, com o mandato cassado faltando quatro meses para concluí-lo, Riva batalha para voltar e com votação expressiva, assim como a de 2006, quando superou os 80 mil votos. Se obtiver êxito, será, de novo, primeiro-secretário da Mesa. O Ministério Público tenta fechar o cerco contra o ex-parlamentar. O problema é que só pode atuar no campo jurídico. Enquanto isso, Riva caminha mais solto politicamente, se segurando no seu eleitorado.





Fonte: RD News

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