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Brasil Eleições 2012
Sexta - 17 de Setembro de 2010 às 22:18

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Sem citar diretamente a queda de Erenice Guerra (Casa Civil), ex-braço direito de Dilma Rousseff (PT), a campanha da petista começou a veicular na noite desta sexta-feira um comercial de TV em que afirma que os adversários começaram a "apelar" e a "partir para a violência e para o jogo desleal".

Usando como comparação o futebol, o ator que aparece no comercial de TV afirma que "bateu o desespero nos adversários", que teriam avaliado que Dilma está "ganhando de goleada".

"Você já viu esse filme: um time está ganhando de goleada, aí o que está perdendo começa a apelar, parte para violência, para o jogo desleal", diz o ator, sentado no sofá, com uma TV ao fundo exibindo uma partida de futebol.

"Na política, é a mesma coisa. Agora, na reta final das eleições, com a Dilma na frente, bateu o desespero nos adversários. Aí aparece a baixaria, as acusações sem prova e todo tipo de apelação", acrescenta ele, completando: "Mas a gente sabe: desespero não ganha jogo nem eleição. Eles podem apelar, mas Dilma vai seguir em frente."

Ontem, a ex-ministra Erenice Guerra perdeu o cargo após a Folha revelar mais um caso de tráfico de influência envolvendo seu filho Israel e um funcionário do ministério. Segundo pesquisas internas do PT, o caso Erenice é muito mais fácil de ser compreendido pelo eleitorado do que o da quebra de sigilo de tucanos na Receita, além de levar a uma associação mais direta ao ex-ministro José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil), réu no processo do mensalão.

Essa é a segunda vez que a propaganda de TV de Dilma é usada para rebater, sempre de forma genérica, acusações contra a petista.

Na primeira vez, o presidente Lula usou a propaganda exibida no dia 7 de setembro para dizer que Serra é o "candidato da turma do contra" e que teria partido "para os ataques pessoais e para a baixaria". Na ocasião, a gravação era uma resposta ao caso da quebra de sigilo na Receita.

SALÁRIO MÍNIMO

Dilma também resolveu rebater uma das principais bandeiras de Serra: a promessa de elevar o salário mínimo dos atuais R$ 510 para R$ 600. No programa exibido na noite de ontem, a campanha dilmista compara o mínimo no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e no governo Lula (2003-2010).

"Em dezembro de 2002, a inflação era superior a 12%. Em dezembro de 2009, menos de 0,5%. Antes, o salário mínimo não pagava nem cesta básica e meia. Agora, compra quase duas e meia. Antes, o mínimo não chegava perto dos US$ 100 e hoje equivale a US$ 288", afirma o locutor.

Serra, intensificou, na propaganda de rádio e televisão, a divulgação da proposta. A estratégia é transformar o aumento numa marca da propaganda tucana. Segundo o comando da campanha, o tema "vingou" e será continuamente explorado.

Apesar de ameaçar o equilíbrio das contas públicas --a medida significaria despesas de R$ 17 bilhões em 2011, quando não haverá folga aparente nas contas federais --Serra diz, ao fim do programa: "Dá para fazer perfeitamente. O problema não é de dinheiro não. É vontade política, competência, capacidade técnica".






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