Wandinelma Santos solicitou licença para tratamento de saúde, mas teria sido vista em "férias" no litoral baiano
Desembargador pede vista e TJ não julga juíza de Tangará
O julgamento da sindicância que envolve a juíza Wandinelma Santos, de Tangará da Serra (239 km a Noroeste de Cuiabá), previsto para a tarde desta quinta-feira (16), foi adiado novamente. Desta vez, em função do pedido de vista do desembargador Sebastião Moraes Filho.
Esta é a terceira vez que o julgamento é adiado. Nas vezes anteriores, os trabalhos foram suspendos devido à ausência do relator do processo, desembargador Manoel Ornellas. O processo deverá voltar à pauta da sessão administrativa do Tribunal de Justiça no mês de outubro.
A magistrada teria sido vista participando do Carnaval da Bahia, no ano passado, durante período de licença para tratamento de saúde. Por esse motivo, o TJ abriu sindicância para apurar os fatos.
Conforme MidiaNews apurou, Ornellas emitiu voto favorável à perda do cargo da juíza, alegando "descumprimento do dever funcional": "manter conduta irreparável na vida pública e particular".
Em sua defesa, a magistrada solicitou o arquivamento do caso, alegando a "falta de tipicidade e materialidade" da suposta infração disciplinar.
Investigações
As investigações tiveram início após uma denúncia anônima, feita com base em uma nota publicada no jornal A Gazeta, pelo colunista social Fernando Baracat. Ele relatou ter visto a magistrada no Carnaval, em Salvador (BA).
"A juíza Wandinelma Santos é uma verdadeira apaixonada pela Bahia. Curtiu o Carnaval com pique total, todas as noites, no circuito Barra-Ondina, no seu camarote privativo, cercada pelos seus vizinhos e convidados, que eram bem festeiros", diz a nota publicada por Baracat no dia 26 de fevereiro de 2009.
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