Empresários Eduardo Moura, que disputa espaço com Valtenir Pereira, e Roberto Dorner, que briga dentro do PP com Henry e Eliene, encontram dificuldades de eleição.
Renovação na Câmara chegará no máximo a 50%; veja os mais cotados

Embora 96 estejam na disputa a deputado federal, os próprios partidos fizeram "depuração" e revelam, nos bastidores, que não chegam a 20 os nomes competitivos, ou seja, que possuem chances reais de vitória. Quem já está com mandato leva vantagem em vários aspectos, entre eles pela consolidação das bases, estrutura e visibilidade, inclusive quanto à busca de doadores de campanha. Os de fora enfrentam maiores obstáculos e gastam mais, a não ser aqueles mais experientes na vida pública como Júlio Campos, que já foi prefeito, deputado federal, senador e governador. De 8 federais, só Carlos Abicalil (PT) não tenta a reeleição. A renovação deve ficar no máximo em 50%.

Com base em resultado de pesquisas, consulta aos partidos e seus dirigentes, logística e estratégia montadas, é possível declinar nomes dos possíveis eleitores e/ou reeleitos por partido e/ou coligação. A tríplice-aliança PSDB-DEM-PTB, que sustenta a candidatura do tucano Wilson Santos a governador, espera eleger entre dois e três, considerando o quociente eleitoral de 200 mil votos. O mais cotado é Júlio Campos, enquanto Thelma de Oliveira briga com Nilson Leitão por uma vaga. Rogério Salles corre por fora. Os demais da coligação não demonstram chances, nem mesmo o empresário Israel Rolamentos, empurrado pelo missionário Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, assim como Lêoncio Pinheiro e os petebistas William Dias e Marcos Baiano.

Na coligação PT-PMDB-PR, que tem o governador Silval Barbosa como candidato à reeleição, a briga é muito acirrada. Os republicanos têm como certo a reeleição de Homero Pereira e de Wellington Fagundes, enquanto os peemedebistas jogam toda estrutura e apoio para garantir novo mandato a seu cacique Carlos Bezerra. Outra guerra eleitoral está no petismo, com Ságuas Moraes e Serys Marly. Pelas projeções da aliança garantir de 4 a 5, o PT pode ficar com uma ou até mesmo com duas cadeiras.

O PP, que se juntou a 5 partidos nanicos, tende a conquistar no máximo duas vagas. Mesmo com registro indeferido, o deputado Pedro Henry deve ser o mais votado do bloco. O também deputado Eliene Lima está no páreo, enquanto o empresário Roberto Dorner corre por fora, com altos investimentos na campanha. Neri Geller espera também boa votação. Os demais do grupo não têm a mínima chance de surgir como espécie de zebra das eleições.

A aliança pró-Mauro Mendes para governador (PSB, PDT, PPS e PV) só deve eleger um deputado. A disputa está entre o já parlamentar Valtenir Pereira, que comanda o PSB, e o empresário Eduardo Moura (PPS), que nas eleições de 2006 perdeu para o próprio Valtenir por uma diferença inferior a 500 votos. A situação é pior para os partidos que não fizeram coligação, como PSOL e PC do B, pois não conseguirão atingir o quociente capaz de garantir ao menos um na Câmara dos Deputados.