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Cidades/Geral
Quinta - 16 de Setembro de 2010 às 04:45
Por: Joanice de Deus

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Pesquisa feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que as rodovias federais e estaduais de Mato Grosso apresentam as piores condições do Centro-Oeste. De um total de 7.335 quilômetros de extensão de malhas federais e estaduais pavimentadas, 4.240 Km foram analisados, correspondendo a 58% das estradas do Estado. No geral, se constatou que 76,9% delas se encontram em situação insatisfatória.

O estudo foi feito durante 37 dias, entre 3 de maio e 8 de junho deste ano. No Estado, envolveu as BRs 070, 158, 163, 174 e 363 e as MTs 130, 208, 240, 246, 320, 343 e 358. Estas estradas, conforme a CNT, têm importância significativa, uma vez que formam eixos de escoamento dos produtos da região para Norte e Centro-Oeste do Brasil e para a Bolívia, país vizinho, como também no sentido contrário.

O levantamento identificou as condições de pavimento, sinalização e geometria viária. No Estado, do total pesquisado, 1.773 Km (41,8%) de extensão estão em condições regulares, 1.114 Km (26,3%) são avaliados como ruins e 374 Km (8,8%), como péssimas. Entre ótimo e bom o percentual soma 23,1%. Para uma comparação, em todo o Centro-Oeste, o Distrito Federal foi o melhor classificado, com 23,3% de suas estradas em ótimo estado de conservação.

Na classificação geral, todas as estradas estaduais do Estado têm avaliação ruim. Individualmente, o quesito pavimento é ruim e a geometria, péssima. Já as federais, no geral, são consideradas regulares. Mas, no item geometria, por exemplo, as BRs 070, 158 e 163 são enquadradas como ruins.

Da extensão total avaliada, o estudo mostra que 4.134 Km (97,5%) possuem pista simples com mão dupla, apenas 96 Km (2,3%) possuem pista dupla com canteiro central e o restante (10 Km) é de pista dupla com faixa central. Sobre as condições de superfície, 1.143 Km (27%) estão totalmente perfeitos, 1.066 Km (25.1%), desgastados, 1.654 Km (39%) apresentam trinca em malha ou remendo e 377 Km (8,9%) possuem afundamentos, ondulações ou buracos.

Já quanto à sinalização são levadas em consideração as do tipo horizontal e faixas centrais e laterais, de limite de velocidade, indicação e intersecção, assim como a sua visibilidade e legibilidade. As de velocidade, por exemplo, estão ausentes em 2.071 Km (64,4%) da extensão pesquisada e presentes em 2.169 Km (51,2%).

A pesquisa CNT de Rodovias 2010 está em sua 14ª edição e foi realizado em parceria com o Sest/Senat. O trabalho foi feito por 15 equipes de pesquisadores e abrangeu 90.945 km, que incluem toda a rede federal pavimentada e a malha constituída pelas principais rodovias estaduais do país.

Conforme a CNT, houve uma melhoria significativa na condição das rodovias brasileiras, se comparada a 2009. No país, 14,7% das rodovias avaliadas são classificadas como ótimas, 26,5%, como boas, 33,4% são regulares, 17,4% estão ruins e 8%, péssimas. No ano passado, a pesquisa analisou 89.552 Km. O percentual de ótimas foi de 13,5% e de boas, de 17,5%. As regulares somaram 45%. E os índices de ruins ou péssimas foram de 16,9% e 7,1%, respectivamente.

O motorista de caminhão Everton Dutra da Costa concorda com a pesquisa. “É muito ruim, principalmente, deste trecho (Trevo do Lagarto) até Jaciara. O caminhão trepida muito, não tem sinalização e terceira faixa”, afiançou. Ele se referia à BR-364.

A avaliação é feita com base na situação das rodovias a partir da perspectiva dos usuários, tanto sobre o aspecto da segurança como do desempenho.






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