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MT Eleições 2014
Quarta - 15 de Setembro de 2010 às 09:02
Por: Romilson Dourado

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Prefeitos, lideranças mais "assediadas" pelos candidatos a governador, não ganham eleição. Que digam Júlio Campos e Antero de Barros. Ambos contavam com a maioria dos gestores mato-grossenses nos pleitos de 1998 e 2002 e, mesmo assim, foram derrotados no primeiro turno. Os dois, até então adversários duros, são aliados hoje. Antero busca cadeira de senador e, Júlio, de deputado federal. Dependendo da situação administrativa do prefeito, é melhor não tê-lo no palanque. A maioria enfrenta desgaste, principalmente aqueles de segundo mandato. Como estão "queimados" perante sua população, o rumo que tomar pode levar a comunidade a, de propósito, desviar o caminho para outro palanque.

Dos 141 prefeitos, o governador Silval Barbosa (PMDB) conta com apoio de menos 130. Quem mais perdeu chefes do Executivo foi o tucano Wilson Santos. O DEM do cacique Jayme Campos abriu a porteira e a maioria de seus prefeitos se juntou ao candidato peemedebista, abandonando o ex-prefeito da Capital. Mauro Mendes só conseguiu cooptar dois gestores de partidos fora do arco de alianças, assim mesmo nos bastidores. Embora cada eleição majoritária apresente uma série de novos componentes e conjecturas, é bom Silval não achar que já está reeleito porque tem consigo quase todos os prefeitos.

É uma situação atípica. Quase todos aderem ao projeto para, primeiro, ficar em paz com o Palácio Paiaguás, o que facilita busca de recursos, convênios e obras. Segundo, são motivados pela onda dos adesistas, aqueles que esperam a reta final da campanha para pular do lado que demonstra maior chance de vitória nas urnas.

Em 1998, Júlio Campos era o líder absoluto nas pesquisas de intenção de voto na corrida à sucessão estadual. Tinha o então governador Dante de Oliveira como principal adversário. O tucano enfrentava desgaste sem precedentes. Júlio foi atraindo os prefeitos descontentes com o governo. O palanque "inchou". Ao invés de ajudá-lo a ampliar a vantagem, os prefeitos acabaram contribuindo para levar o candidato do velho PFL para o buraco, principalmente depois deste ter feito aliança com o então inimigo político Carlos Bezerra (PMDB). Mesmo com menos prefeitos, Dante garantiu a reeleição.

Veio 2002. Com a força da máquina do Estado e com empurrão de Dante, que havia deixado o Paiaguás com a popularidade em alta, Antero entrou com tudo na campanha. Registrava mais de 60% nas pesquisas. A oposição estava tão desnorteada que nem conseguia viabilizar candidatura. Aproveitou que o então prefeito da Capital Roberto França havia rompido com o tucanato e o lançou para o governo. Como teria de renunciar ao mandato para concorrer ao Paiaguás, assim como fez Wilson Santos neste ano, França jogou a toalha faltando seis meses para as eleições. A oposição foi buscar no empresário Blairo Maggi a voz para se opor à candidatura Antero. Maggi entrou como espécie de zebra. Só havia conseguido apoio de 5 prefeitos. Em três meses de campanha virou o jogo. Ganhou no primeiro turno.





Fonte: RD News

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