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Dupla mata proprietário de sítio
O agricultor Lucio de Almeida, de 60 anos, pai do assaltante Lindomar Alves de Almeida, o “Nenezão”, de 33 anos, foi assassinado com três tiros na cabeça durante uma emboscada em seu sítio em Nobres (146 km a médio-norte de Cuiabá).
A execução ocorreu na manhã desta quarta-feira na Gleba Coqueiral, onde estava em companhia do caseiro. Nenezão é apontado como um dos líderes de quadrilhas de assaltos a banco na modalidade “Novo Cangaço” (quando funcionários e clientes são feitos escudos humanos).
Conforme a testemunha, dois homens ocupando um Gol preto entraram na propriedade rural. Armados com revólveres ou pistolas – o vigia não soube precisar – renderam os dois. Os suspeitos chegaram perguntando por armas. “Queremos as armas, cadê as armas? A gente tem pressa”, gritou um deles. O pai do assaltante disse que não havia arma alguma no sítio.
Em seguida, o caseiro foi levado para um lado e o pai do assaltante do outro. Minutos depois, o caseiro ouviu três tiros. Em seguida, os criminosos fugiram no Gol preto.
O suspeito que dirigia o carro perdeu o controle e bateu o veículo numa árvore. Os dois abandonaram o automóvel e fugiram a pé.
“Os tiros foram disparados do alto para cima indicando que a vítima morreu de joelhos”, informou o delegado Eder Clay de Santana Leal, da Delegacia Municipal de Nobres. Ele acrescentou que o veículo foi apreendido e levado para o pátio da Delegacia para ser periciado. Em princípio, o delegado verificou que não tem queixa de furto ou roubo.
“As nossas investigações serão iniciadas pelo carro apreendido, pois vamos chegar até o proprietário e, com isso, descobrir quem são os autores”, frisou. O delegado acredita que o crime seja um acerto de contas ligado ao filho da vítima.
FICHA DE NENEZÃO - Lindomar foi preso em novembro do ano passado na Bahia, duas semanas depois, veio para Cuiabá para ser ouvido em juízo. Considerado um dos presos mais perigosos do país, as autoridades de Mato Grosso chegaram a conclusão de que ele poderia fugir do presídio se ficasse preso por aqui.
“Em 2004, ele (Lindomar) conseguiu fugir do Carumbé através do maior túnel cavado até hoje. Ele também foi um dos coordenadores da explosão do muro do Pascoal Ramos (PCE), que resultou na fuga de 35 presos. Não tinha a menor condição de ficar em Mato Grosso”, disse um policial.
Além de assaltos a banco, ele é investigado por participação a dois ataques a carro-forte ocorrido nos últimos anos em Mato Grosso. Em uma das ações, os bandidos, de uma forma audaciosa, atacaram e explodiram os carros-fortes em plena BR-163. (AR)
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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