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Sexta - 23 de Agosto de 2013 às 06:57
Por: THIAGO ANDRADE

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OTMAR OLIVEIRA
João Emanuel acusa base aliada de tentar retaliar criação da CPI dos Maquinários, mas sustenta que analisará pedidos com
João Emanuel acusa base aliada de tentar retaliar criação da CPI dos Maquinários, mas sustenta que analisará pedidos com
A base aliada do prefeito Mauro Mendes (PSB) na Câmara de Cuiabá resolveu reagir. Apresentou três requerimentos de abertura de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) em resposta à CPI dos Maquinários, que investiga supostas irregularidades na locação de máquinas pesadas pelo Executivo. 



 
Dois dos pedidos são para investigar possíveis ilegalidades no processo legislativo. O terceiro pede a abertura de uma investigação contra o hoje presidente da mesa diretora, João Emanuel (PSD). 



 
A já denominada “CPI da Grilagem” foi requerida por 14 vereadores e pretende apurar supostas fraudes praticadas pelo social-democrata à época em que ele foi presidente da Agência Municipal de Habitação. 



 
O grupo deve investigar o que levou João Emanuel a assinar um termo de declaração da Prefeitura de Cuiabá em que reconhece como legítimos todos os contratos de compra e venda e compromissos de negociações realizados por Juares Antonio Batista do Amaral e Dorival Alves de Miranda envolvendo imóveis localizados nos bairros Doutor Fábio II e Altos da Serra. 



 
No documento, o ex-secretário se compromete ainda a fazer a regularização da região pelo município. Para os vereadores, não há qualquer informação de que as áreas pertencem às pessoas citadas. 



 
Eles também estranharam a emissão de um documento público para legitimar um negócio privado e acreditam que alguém se aproveitou apara atender a interesses particulares. 



 
O vereador Júlio Pinheiro (PTB) também apresentou requerimento para apurar supostas irregularidades na alteração de uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Segundo o petebista, houve uma divergência entre o que foi aprovado e o que foi enviado ao prefeito. O texto que recebeu aval da maioria previa um limite de 5% de remanejamento orçamentário. Já o que chegou ao Executivo limitava a reserva em 0,5%. 



 
O terceiro requerimento, que recebeu 15 assinaturas, pede a criação da “CPI do Processo Legislativo”. Como justificativa, os vereadores citam dois fatos. 



 
No primeiro, um carimbo, segundo eles, apócrifo, atribuído à Prefeitura de Cuiabá no ofício assinado pelo presidente do Legislativo referente ao projeto de lei complementar que trata do uso e ocupação do solo. 



 
O Poder Executivo sustenta que não recebeu o projeto, mas uma cópia obtida pelo vereador Chico 2000. Mesmo sem a proposta em si, Mendes a vetou. 


 
A outra possível fraude seria na tramitação do projeto de lei que trata da conciliação fiscal. No texto do Executivo, havia 28 artigos e, conforme os parlamentares, não houve qualquer menção à existência de emendas. Apesar disso, ele voltou à Casa com 48 artigos. 


 
João Emanuel se defende afirmando que “curiosamente”, depois de instalada a CPI dos Maquinários, os vereadores governistas agem com retaliação. 


 
O secretário municipal de Governo, Fábio Garcia, por sua vez, também acusa o social-democrata. “Trata-se de uma chantagem do presidente João Emanuel na tentativa de forçar o prefeito a aumentar os recursos destinados para a Câmara. O prefeito não vai ceder a este tipo de chantagem. Podem ser uma, duas, três, ou até 10 CPIS”, disse, em referência à comissão dos Maquinários. 


 
Apesar da troca de acusações, o presidente da Mesa garantiu que vai analisar todos os pedidos com total isenção. Conforme o Regimento Interno, ele tem 48 horas para publicar a resolução. Além disso, a composição das CPIS precisa respeitar a proporcionalidade partidária dentro do plenário. 


 
Caso fiquem constatadas como verdadeiras as denúncias, João Emanuel pode ser acusado de ato de improbidade administrativa. 





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