O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou ao Governo do Distrito Federal que rescinda o contrato entre a Novacap e o Consórcio Brasília 2014 para a construção do Estádio Nacional de Brasília. A entidade entende que o projeto de uma arena para 70 mil pessoas será um "elefante branco" na cidade, e propõe 30 mil lugares. Segundo a recomendação, assinada também pelo Ministério Público de Contas, a mudança do projeto atenderia às exigências da Fifa e reduziria o custo do investimento público.
"A exigência de mais assentos é para jogos de abertura ou encerramento. A abertura não está definida. Mas São Paulo está na briga e tem muitas chances. Mesmo que Brasília estivesse preparada para um evento de tamanha magnitude, veja o grau de ociosidade após o Mundial", justificou o promotor de justiça do MPDFT Alexandre Sales.
O MPDFT recomendou, ainda, que seja rescindido o convênio entre a Novacap e a Terracap, assim como revogada a licitação em andamento para a execução de serviços técnicos de gerenciamento da obra do estádio de futebol. Até a definição do projeto básico da obra, o Ministério Público também quer que o contrato com a Steer Davies & Gleave do Brasil seja suspenso. A empresa fará a análise do fluxo de multidões e a revisão dos acessos e circulação de pessoas no Estádio Nacional. O acordo é de R$ 100 mil.
O GDF terá 15 dias para prestar esclarecimentos sobre o cumprimento da recomendação, que foi entregue pessoalmente ao Governador Rogério Rosso, durante reunião que contou com a presença de várias autoridades, na semana passada.
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