Os defensores da liberdade na América Latina e no Caribe se encontram em uma situação "crítica", segundo o relatório do Observatório para a proteção dos defensores dos Direitos Humanos no mundo.
O relatório apresentado em Bruxelas pelo Observatório - um programa conjunto da Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) e da Organização Mundial contra a Tortura (OMCT) - denuncia os problemas e ameaças que enfrentaram os defensores e ativistas em direitos humanos durante 2009.
No capitulo dedicado à América Latina, o relatório afirma que no "crescente contexto de militarização", os defensores dos direitos humanos que denunciaram abusos da Polícia e do Exército, sofreram represálias "graves" no Brasil, Colômbia, Guatemala, Honduras e México, segundo o relatório.
As autoridades de boa parte dos países latino-americanos criminalizaram e entorpeceram o trabalho dos defensores de direitos fundamentais como a livre orientação sexual, os direitos dos indígenas, a liberdade de imprensa e os direitos das mulheres.
Os que defendem o direito dos indígenas à terra se viram ameaçados na Guatemala, Peru, Brasil, Chile e Equador.
Nesses casos, foram utilizadas práticas como "a criminalização dos protestos sociais" dos camponeses ou detenções arbitrárias.
O relatório denuncia, além disso, violações à liberdade de imprensa e a corrupção na Bolívia, Equador, Haiti, México, Nicarágua e Venezuela, assim como as "sérias ameaças" recebidas pelos ativistas contra a impunidade das ditaduras militares em países como a Argentina, Chile, Colômbia, Guatemala, Honduras, Peru e México.
A Colômbia aparece no relatório como o país "mais perigoso para os sindicalistas".
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