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Brasil Eleições 2012
Segunda - 13 de Setembro de 2010 às 07:14

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O debate Folha/RedeTV! realizado neste domingo (13) com os presidenciáveis foi marcado pela forte polarização entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). A senadora Marina Silva (PV) por muitas vezes ficou isolada, recebendo perguntas de seus concorrentes apenas quando não havia outra opção de acordo com as regras pré-estabelecidas pelo evento.

A disputa principal do debate ficou centrada na questão da quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas a José Serra e outros desmandos do governo do PT. Sobre isso, Marina foi taxativa: "é denúncia para todos os lados. Todo mundo tem um mensalão para chamar de seu. Todo mundo tem um sigilo violado para chamar de seu. É uma situação grave, quando deveríamos estar discutindo o que acontece no País".

Numa tentativa de marcar presença no debate, Marina adotou uma postura mais severa do que a habitual, fazendo ataques fortes aos seus adversários. "Temos uma situação em que não dá para ficar fazendo teatro. Tem que ser verdadeiro. O que não dá para fazer é ficar sorrindo para as câmaras quando temos uma situação dessas", afirmou.

A candidata do PV considerou que em certos momentos o debate pendeu para o lado da baixaria e que a discussão foi pautada pelo interesse imediato de ganhar votos. Segundo ela, esse tipo de atitude "esvazia e banaliza" os problemas que estão sendo identificados na eleição.

O presidente estadual do PV, Maurício Brusadin, entende que o reflexo do que aconteceu no debate será positivo na campanha de Marina. "Isso é muito baixo. O eleitor está cansado disso. E estamos crescendo com essa disputa". Brusadin se refere à última pesquisa Datafolha, que aponta uma subida do percentual de eleitores que pretende votar em Marina - ela passou de 10 para 11% nas intenções de voto.

Na manhã deste domingo, durante um evento da agenda de Marina no Museu do Futebol de São Paulo, coordenadores da campanha já se mostravam preocupados com a possibilidade de sua candidata desaparecer em meio às polêmicas. Eles revelaram que tentaram negociar com a organização do debate para que fosse obrigatório para cada participante responder ao menos uma questão por bloco, mas não obtiveram sucesso. Após a realização do debate, essas mesmas pessoas se mostraram decepcionadas com a confirmação de suas previsões.

No fim do debate, Ricardo Young, candidato do PV ao Senado, afirmou: "dar aos candidatos a prerrogativa de perguntar vai obviamente tender para a polarização entre Dilma e Serra e foi isso o que aconteceu aqui nessa noite".





Fonte: Terra

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