Em visita à União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, bairro popular de São Paulo, a candidata do PT, Dilma Rousseff, reiterou, na tarde deste domingo (12), que as denúncias contra a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, serão respondidas pelo governo e não estão âmbito de sua campanha. Dilma qualificou a reportagem da revista Veja como "saltos mortais", que deixam lacunas. "Não dou combustível a isso", afirmou.
Questionada pelo Terra sobre a expressão "bala de prata", usada ontem para qualificar os ataques à sua campanha, Dilma sorriu e respondeu: "atualmente, fiquei muito aberta a especulações. Você pode interpretar bala de prata como você quiser".
Durante a visita, a ex-ministra recebeu propostas para habitação e saúde. Os moradores pediram a construção de uma unidade hospitalar na região. Ela se comprometeu com a proposta.
Segundo a revista, a ministra teria atuado para viabilizar negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria de seu filho, Israel Guerra. Segundo a reportagem, Erenice teria se encontrado com o empresário Fábio Baracat, ex-sócio da MTA Linhas Aéreas, que atua com transporte de correspondências. A atual ministra nega os encontros fora de agenda oficial.
A publicação afirma que, para conseguir fechar um contrato da empresa Via Net com os Correios, Baracat teria feito um pagamento de propina equivalente a 6% do valor do contrato avaliado em R$ 84 milhões. O dinheiro seria usado para saldar "compromissos políticos", conforme teria dito a ministra Erenice.
A ministra-chefe da Casa Civil divulgou nota oficial, neste sábado (11), na qual rebate a reportagem da revista Veja e informa que pretende colocar à disposição seu sigilo fiscal, bancário e telefônico, assim como o de seus familiares.
Uma segundo nota, essa atribuída ao empresário Fábio Baracat, que espalhou-se por vários blogs na noite de deste sábado (11), também desmente a reportagem.
Na coletiva à imprensa, em Paraisópolis, Dilma disse que espera um debate de "bom nível" na Rede TV!, na noite deste domingo. "Que se mantenha o nível do respeito", acrescentou.
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