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Politica MT
Quinta - 22 de Agosto de 2013 às 18:56

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O governador herdou da gestão do antecessor Blairo Maggi nada menos que R$ 1 bilhão em dívidas. Esse déficit foi descoberto a partir de 2007, no primeiro ano do segundo mandato, quando Silval já estava sentado na cadeira de vice. De lá para cá entendeu-se que seria continuidade da administração, embora Maggi tenha renunciado em 2010 e Silval assumido a condição de governador, inclusive vindo a ser reeleito. As dívidas foram crescendo.


 
   Como resta um ano e 4 meses para concluir o mandato - serão 12 anos no mesmo grupo no poder, sendo 4 anos e 8 meses sob Silval e os 7 anos e 4 meses da era Maggi -, chegou a hora das contas baterem, sob risco do governador, após deixar o Palácio Paiaguás, enfrentar dor de cabeça para o resto da vida.


 
   Coube ao secretário Marcel de Cursi (Fazenda) a missão de fechar as torneiras, mesmo que o governo continue sendo xingado e carimbado como caloteiro das prefeituras, empreiteiras, terceirizados e fornecedores. E é o que vem acontecendo. Marcel leva porrete dos deputados, dos prefeitos, da imprensa e dos segmentos em geral. Investimentos minguaram. As obras de mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande e demais projetos voltados à Copa, assim como o MT Integrado, são tocados com financiamentos a longo prazo e com a mão do governo federal. Diferente do vampiro que corre da luz e o diabo da cruz, o Palácio Paiaguás quer reencontrar o equilíbrio de receitas e despesas. Nessa batalha, Silval está pagando caro.


 
   Os secretários perderam autonomia, menos Marcel, que tem a chave do cofre. O governador não tem a coragem de vir a público dizer que sua gestão entrou em desgraça, com milhões para pagar, por culpa do seu ex-padrinho político. Entende que se expusesse os números, apontando culpado, assim como Maggi fez com a tal caixa preta do governo Dante, estaria agindo como traidor.


 
   O jeito é levar pau no lombo quieto e apertar o cerco para fechar "bem o mandato. Silval precisa de tempo para fazer esses ajustes. Se resolver ser candidato, terá de renunciar até março, ou seja daqui a 7 meses. Seria um suicídio político. Para se salvar e com esperança de recuperar a popularidade, levará o mandato até o final. Eventual candidatura fica para 2018.




Fonte: RD News

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