Silval persegue 1º turno; Mendes avança e incomoda; Wilson patina
A 21 dias das eleições, os candidatos majoritários começam a fazer cálculos, redefinir estratégias e a estudar se devem ou não avançar nos investimentos financeiros de suas campanhas. Wilson Santos (PSDB), um dos quatro candidatos a governador, decidiu fechar as torneiras. Vai administrar a agenda e não fará mais contas. Está preocupado porque perdeu pontos nas intenções de voto e já está em terceiro lugar.
O governador Silval Barbosa (PMDB) tem se mostrado angustiado. Por ele, a eleição deveria acabar hoje. Assim, ao menos o que apontam as pesquisas, sairia vitorioso no primeiro turno. Como é bastante considerável o percentual de indecisos e o candidato Mauro Mendes (PSB) começa a crescer gradativamente, isso traz preocupação à base governista. De todo modo, não se registra nas últimas duas décadas uma disputa não competitiva entre três candidatos à sucessão estadual em Mato Grosso. Aliás, o pleito sempre é decidido no primeiro turno.
O quadro se desenha para um embate duro entre Silval e Mendes, caso o primeiro não consiga liquidar a fatura na primeira etapa do pleito. O ex-prefeito de Cuiabá, que até o ano passado era o líder absoluto, começou a perder espaço, empurrado pelo desgaste enfrentado no segundo mandato no Palácio Alencastro. Aparece em terceiro lugar na própria Capital, onde foi gestor por cinco anos e três meses.
Enquanto Silval continua a luta por cooptação de lideranças, explorando as pesquisas que apresentam-no com ampla vantagem e propaga que venceria hoje no primeiro turno, Mendes muda a linha do marketing, com críticas mais duras e pontuais à administração Maggi e que teve sequência com o peemedebista, algo que vinha evitando por razões óbvias, afinal, foi aliado do Paiaguás até recentemente. Rompeu para construir o que se convencionou chamar de terceira via.
Senado
A disputa às duas cadeiras de representação mato-grossense no Senado também está mais competitiva nesta reta final da campanha. Enquanto Blairo Maggi se isola como primeiro colocado, três começam a se "embolar" pela segunda vaga, sendo eles o petista Carlos Abicalil, o tucano Antero de Barros e o pedetista Pedro Taques, que esboçou reação após um bom tempo empacado nas intenções de voto.
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