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Sábado - 11 de Setembro de 2010 às 14:34

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O guapo Evandro Soldati, que viu os holofotes se voltarem para ele depois de gravar o clipe Alejandro com a baphônica Lady Gaga, em conversa exclusiva com PG3 mostrou que a fama súbita não muda em nada suas convicções e seu jeito de menino de Ubá, a cidade onde nasceu em Minas Gerais.

Depois de 20 dias na casa da família, aproveitando as férias, o modelo, que está nas primeiras posições do ranking dos melhores e mais bem pagos, posou para a campanha da Apa, maior fábrica de ternos do País, cujos tecidos e cortes impecáveis atendem a marcas como Borelli, VR, Alberto Gentleman, entre outras.

O cenário tinha tudo a ver com a rotina dos engravatados: as fotos foram feitas por Ernesto Baldan na Rua do Rosário, no coração financeiro do Rio. "Preciso muito trazer minha namorada aqui, ela vai amar esses restaurantes, livrarias, lojinhas", disse ele, com um fortíssimo sotaque mineiro, uai, referindo-se a Yasmin Brunet, com quem namora há quatro anos.

A campanha inclui comerciais na TV que serão veiculados a partir do dia 27. Em tempo: a Apa tem sua sede, vejam só, em Caxias, e deve abrir sua primeira loja no ano que vem com o objetivo de sair da sombra das grifes famosas que revendem seus ternos. O ponto de partida será em... Pisa, na Itália.

Você já era um profissional reconhecido na moda antes do clipe, mas se tornou conhecido do grande público e da garotada fã de Lady Gaga ali. Qual o impacto disso até agora?
Fiquei muito feliz com a repercussão, mas essa história já está começando a incomodar. Não me vejo como o molequinho da Lady Gaga. Considero essa mídia toda um plus, não o objetivo principal. Agora, não há como negar que foi um estouro, passei 20 dias na minha cidade, as menininhas todas loucas, gritando, tirando fotos. Nem sabia dar autógrafos.

Mas isso impulsiona sua carreira de alguma forma? Afinal, você está sendo chamado de Gisele Bündchen de calças?
Na prática, não. Quem já me conhece não vai me escalar para um trabalho por causa disso. Quanto à comparação com a Gisele, nossa, não chego aos pés dela.

Você está entre os melhores, desfila e fotografa para todas as grifes famosas. Da época em que começou, o mercado mudou muito? Está melhor, pior?
Acho que o mercado masculino está mais restrito. Sei que tenho um rosto clássico, mas a moda tem procurado uns caras tão afeminados, andróginos, mirradinhos, com cara de menina. Eu e outros colegas estamos torcendo para que essa modinha passe logo, até porque ela não atende a boa parte das grifes.

E o casamento com Yasmin, para quando é?
Nós já somos praticamente casados, né? A gente mora junto há quatro anos em Nova York, mas para oficializar pretendemos fazer algo para família, bem íntimo. Assim como eu, ela não gosta de aparecer. Tentamos conciliar as agendas o tempo todo; e ela sempre me acompanha nas minhas viagens para correr de bicicleta.

Bicicleta?
Sou viciado. Aqui no Brasil faço cross country, corri praticamente todos os dias nas férias. Só não posso me arrebentar todo, machucar o rosto, porque aí já era.

Como vê sua carreira no futuro? O tempo passa rápido no mundo da moda.
Não quero que as pessoas me vejam só como um modelo. Estou começando a investir em construção civil na minha cidade, no futuro posso montar uma construtora, mas este tipo de negócio você tem que tomar conta de perto. Gosto muito de ler livros de economia, já fiz alguns cursos na área de business em Nova York, Yasmin e eu temos planos de estudar algumas coisas juntos. Às vezes, temos trabalhos ótimos, que pagam pelo mês inteiro, mas dinheiro não é a questão. Dá nervoso ficar parado, me sinto inútil. E a profissão de modelo não ocupa a cabeça, não é? 






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