Ex-prefeito teve sigilo quebrado igual à Verônica
O ex-prefeito de Sinop Antônio Contini (DEM) teve o sigilo fiscal quebrado em agosto do ano passado, quando era um dos cotados para ser o candidato a vice-governador na chapa de Wilson Santos (PSDB). A invasão aos dados fiscais dele ocorreu a partir do escritório da Receita Federal em Mauá (SP), onde também foram acessadas as contas de pessoas ligadas ao presidenciável tucano José Serra, o que se tornou na maior polêmica dessa eleição.
De acordo com dados do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a quebra de sigilo de Contini ocorreu em 5 de agosto do ano passado, às 13h28, e foi feita a partir do terminal de Addeilda Ferreira Leão dos Santos. Ela ficou conhecida pela invasão aos dados sigilosos da conta de Verônica Serra, filha do presidenciável. No caso do ex-prefeito de Sinop, a revelação foi feita ontem pelo site da revista Veja.
Em entrevista ao jornal A Gazeta, Contini afirmou que a única hipótese para justificar a quebra de sigilo deve ser o interesse de adversários em usar eventualmente os dados na campanha. "Não tem outra coisa para pensar. Só pode ser para nos prejudicar".
Ex-prefeito de Sinop entre 1993 a 96, Contini é atualmente empresário e chegou a ser cotado para compor a chapa com Wilson Santos na eleição de governador. Depois dele resistir à ideia, o DEM acabou indicando o atual deputado Dilceu Dal Bosco. Ele garante que os dados não mostram nada de irregular para ser usado politicamente.
A revelação do Serviço Federal de Processamento de Dados envolvendo o nome de Contini pode aumentar ainda mais a polêmica sobre as quebras de sigilo, já que ele é até o momento o único filiado do DEM investigado ilegalmente. Além de Verônica Serra, foi quebrado o sigilo das contas do vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge, e até mesmo um genro de Serra. Veja revelou que um relatório do Serpro mostra que, do terminal de Addeilda Ferreira Leão dos Santos, foram obtidas informações de 2.949 pessoas entre 1º de agosto e oito de dezembro de 2009.
A presidenciável Dilma Rousseff que o governo Lula e PT tenham relação com as quebras de sigilo. Apesar dela liderar as pesquisas de intenção de voto, as denúncias têm prejudicado a campanha petista.
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