JBS-Friboi confirma o fim das atividades na unidade
O grupo frigorífico JBS-Friboi confirmou, por meio de nota emitida por sua assessoria de imprensa, o fim das atividades na unidade de Cáceres (250 quilômetros ao oeste de Cuiabá). Os motivos que levaram à desativação da planta não foram elencados e o Grupo justifica a decisão como uma estratégia interna de atuação.
O comunicado destinado a acionistas e ao mercado em geral, destaca que “tendo em vista seu constante foco na busca por eficiência produtiva e operacional, a Companhia decidiu encerrar, no dia 9 de setembro de 2010, suas atividades na unidade de Cáceres, cuja capacidade de abate diário era de 500 cabeças”.
Ainda como forma de esclarecimento, o Grupo explica que os volumes do abate e vendas serão redirecionados entre as unidades do JBS, localizadas em um raio de 150 quilômetros de distância de Cáceres, como as unidades de São José dos Quatro Marcos (com capacidade de abate de 1,1 mil cabeças/dia) e Araputanga (com capacidade de abate de 1 mil cabeças/dia).
“Dessa forma, a Companhia espera manter o faturamento nos patamares atuais ao mesmo tempo em que espera manter a normalidade no atendimento aos pecuaristas e aos clientes usuais da unidade de Cáceres”, informa a nota.
Com relação ao capital humano, “a JBS se compromete a trabalhar no sentido de realocar, da melhor maneira possível, os colaboradores da unidade de Cáceres para outras fábricas da Companhia que estejam com deficiência de mão-de-obra”. Finalizando a nota, “o Grupo, reitera seu compromisso com o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental de Mato Grosso.
DEMISSÕES – Como o Diário anunciou na edição de ontem, pelo menos 300, dos cerca de 700 funcionários diretos da unidade começam a assinar na semana que vem as rescisões contratuais que deverão ser homologadas entre quinta-feira e sexta-feira. Conforme uma funcionária do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Cáceres houve um comunicado do JBS-Friboi confirmando as primeiras demissões. Ainda segundo o sindicato, alguns funcionários da área administrativa serão transferidos para outras unidades do Grupo no Estado.
A unidade é a maior empresa privada do município e a suspensão da folha de pagamento dos seus 700 colaboradores diretos vai tirar da economia local, principalmente do comércio e prestadores de serviços, cerca de R$ 406 mil ao mês, considerando o volume de funcionários e uma média salarial de cerca de R$ 580, piso comercial.
o presidente do Sindicato Rural, João Oliveira Gouveia Neto acredita que além da perda de empregos diretos, “a unidade gera toda uma rede de prestadores de serviços, desde hotéis, passando por transportadores de bois, de carnes e de empresas fornecedoras ao Grupo, que eleva o número de dependentes da empresa para cerca de 5 mil”.
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