Mãe esquenta colher e queima o filho
Não ficou “barato” para a dona-de-casa Maria Aparecida Penha do Nascimento, de 34 anos, o espancamento que cometeu contra o filho de 9 anos usando uma colher esquentada no fogo e várias cintadas na perna da criança. Ela foi denunciada por vizinhos anteontem à noite e levada até a Central de Flagrantes junto com a criança. As lesões na criança eram visíveis e deixaram policiais plantonistas revoltados.
A colher quente deixou marcas irreversíveis no rosto. A perna estava com vergões provocados pelas cintadas. A agressão ocorreu no horário de almoço, no bairro Parque Nova Esperança, próximo do Pedra 90, em Cuiabá.
Diante da situação, o delegado plantonista Celso Gomes solicitou a presença de um conselheiro tutelar e determinou que a criança fosse afastada da mãe e encaminhada para o Lar da Criança. “Não encontramos parentes da criança. Ela deverá ficar lá (no Lar da Criança) sob cuidados do conselho tutelar até que algum familiar seja localizado”, explicou o delegado.
Em depoimento ao delegado, o garoto relatou que foi castigado pela mãe porque pegou uma balinha em cima da mesa e a chupou sem a permissão dela. “Então, minha mãe pegou a cinta e acertou cintadas na minha perna. Aí, ela esquentou uma colher e colocou quente na minha mão. Aí, eu soltei a mão e ela (a mãe) encostou (a colher) no meu rosto”, disse o garoto a policiais plantonistas.
O menino acrescentou ao delegado que morava com a avó paterna e gostaria de voltar a morar com ela. O pai dele se casou de novo. “Tenho até um irmãozinho novo, mas ele (o pai) não pode me levar para morar com ele”, completou o menino.
A dona-de-casa confirmou que acertou as cintadas na perna do filho, mas garantiu que as lesões no rosto foram ocasionadas acidentalmente. Explicou que a colher caiu em cima do rosto do filho quando ele estava deitado na cama. “A colher caiu em cima dele. Eu jamais iria fazer isso (queimá-lo com uma colher)”, frisou.
O delegado solicitou exame de lesão corporal da vítima e preencheu um termo circunstanciado aplicado em crimes considerados de menor poder ofensivo. Em seguida, Maria Aparecida foi liberada. O caso vai para o Juizado Especial Criminal e será julgado nas próximas semanas. O magistrado, no entanto pode entender que as lesões foram graves e remeter o caso para a Vara de Contra Crimes de Violência Doméstica e de Família.
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