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Economia
Sexta - 10 de Setembro de 2010 às 18:42

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O Brasil deve chegar a 6,8 milhões de veículos em vendas em 2025, segundo estimativa da consultoria internacional GSM encomendada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Se o número se concretizar, será o dobro da quantidade prevista para este ano.

O dado foi divulgado nesta sexta-feira pelo titular da pasta, Miguel Jorge, em palestra no congresso da Fenabrave (federação das concessionárias) realizado em São Paulo. A projeção considera a continuidade do cenário atual, sem redução da carga tributária.

Segundo o ministro, o peso dos tributos é de cerca de 30% do preço do carro no país. Na hipótese de os impostos serem diminuídos a 16% e a taxa de juros do financiamento passar de 24% para 16% ao ano, a quantidade de licenciamentos anual teria uma ampliação de 1,8 milhão de unidades, de acordo com a sua estimativa. "A redução de impostos seria importante", disse Miguel Jorge.

O titular da pasta afirmou que cerca de 60% da frota brasileira tem menos de dez anos de fabricação, número bem inferior ao do Japão (83%). "Os Bric [Brasil, Rússia, Índia e China] ainda têm frotas velhas", acrescentou, para mostrar o potencial de crescimento nesse locais.

Para ele, "não há um excesso de importação [de veículos] porque essa importação está sendo feita pelas montadoras [instaladas no país]". O Brasil tem um acordo bilateral com a Argentina e com o México, que possibilita a isenção do Imposto de Importação para os carros vindos desses países, ante uma alíquota de 35% para os demais.

O SpaceFox (Volkswagen), o Agile (General Motors) e o Siena (Fiat), por exemplo, vêm do vizinho sul-americano. A participação desses dois países nas compras externas, no entanto, vem caindo ao longo dos anos, chegando atualmente a cerca de 60%, de acordo com a Anfavea (associação das montadoras).

Nesta semana, o presidente da entidade, Cledorvino Belini, comparou o crescimento na venda de veículos novos importados (35,8%) no acumulado deste ano até agosto, ante igual período do ano passado, com o aumento dos emplacamentos de carros produzidos no Brasil (5,7%) no mesmo confronto.

Com essa diferença entre os acréscimos, a participação dos veículos importados (394,1 mil unidades) atingiu 18,0% das vendas totais, ante 14,6% no ano passado. "Isso está gerando empregos lá fora, não aqui dentro, mas é a regra do jogo", afirmou Belini na ocasião.

2014

O presidente mundial da Fiat, Sergio Marchionne, que também participou do congresso, projeta que o mercado doméstico alcance vendas de 4,3 milhões de unidades em 2014.

"Enquanto muitos outros países continuam a lidar com a recessão, a economia brasileira prevê um crescimento de 7% em 2010", destacou.

Para os licenciamentos da montadora, a meta é atingir um milhão de veículos por ano até 2014. Em 2009, foram 737 mil unidades emplacadas.

Líder em vendas de automóveis e comerciais leves no país, a montadora respondeu por 23,16% dos licenciamentos no acumulado do ano até agosto, seguida de perto pela Volkswagen (20,96%) e pela General Motors (19,85%). 






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