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Sexta - 10 de Setembro de 2010 às 07:43
Por: Patrícia Sanches

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O desembargador Orlando Perri, que já foi um dos favoritos na corrida pela Presidência do Tribunal de Justiça, teria decidido abrir mão de seu sonho após a volta dos 10 magistrados aposentados compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Perri virou alvo da "ira" dos colegas após denunciá-los por desvio de dinheiro, já que na época ocupava a cadeira de corregedor-geral do TJ. Ele cedeu espaço a Rubens de Oliveira, que já tem o apoio da maioria e deve ser eleito presidente do Judiciário do Estado. Cogita-se nos corredores do TJ que a chapa será composta por Rubens, Manoel Ornellas como vice-presidente e Paulo da Cunha como corregedor, mas os nomes ainda podem ser alterados.

Tudo estava bem e seus planos de comandar o Judiciário mato-grossense já estavam praticamente concretizados, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, colocou fim à expectativa do magistrado, reconduzindo ao cargo os desembargadores José Ferreira Leite, Mariano Travassos e José Tadeu Cury, além dos juízes Marcelo Souza de Barros, Irênio Lima Fernandes, Antônio Horácio da Silva Neto, ex-presidente da Associação de Magistrados do Estado (Amam-MT), Marcos Aurélio dos Reis Ferreira, filho de Ferreira Leite, Juanita Cruz Clait Duarte (filha do ex-presidente do TJ, desembargador Wandir Clait Duarte - já falecido), Maria Cristina de Oliveira Simões e Graciema Caravellas.

Assim, o chamado "grupão", que era capitaneado por Perri e pelo ex-presidente Paulo Lessa, acabou esfacelado e as chances do desembargador se tornar o próximo presidente do TJ também. Outro fato que culminou no fim do grupão foi o afastamento de Evandro Stábile, investigado pelo Superior Tribunal de Justiça por suspeita de participação num esquema de venda de sentenças no Estado. Até então, o "grupão" contava com a participação de Paulo Lessa, Rui Ramos Ribeiro, Guiomar Teodoro Borges, Márcio Vidal, Clarice Claudino, Evandro Stábile, Jurandir Florêncio de Castilho, Orlando Perri, Donato Fortunato Ojeda, Sebastião Filho, Gerson Paes, Carlos Alberto da Rocha, Juvenal Pereira da Silva e Maria Helena Povoas.

Os dez magistrados saíram de forma nada honrosa em fevereiro deste ano, mas agora que conseguiram retornar, ainda que provisoriamente, já que se sustentam em liminares, parecem querer "vingança". Eles foram denunciados em 2008 por Perri, pelo desvio de cerca de R$ 1,5 milhão dos cofres do Judiciário mato-grossense. Ferreira Leite era o Grão-Mestre da entidade maçonica em 2003, período em que também era o presidente do TJ. Naquele ano, a maçonaria montou uma cooperativa de crédito em parceria com a Cooperativa de Crédito Rural do Pantanal Sicoob Pantanal. A Cooperativa quebrou em novembro de 2004, quando teria surgido o esquema. Os créditos eram concedidos aos juízes, que os repassavam à Grande Oriente.





Fonte: RD News

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