Leverger: PF investiga Glorinha por suspeita de compra de votos

A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar possível compra de votos pela segunda colocada na eleição de Santo Antônio de Leverger, Glorinha Garcia (PP). Apesar de ter ficado em segundo lugar, a progressista foi proclamada eleita pelo juiz José Arimatéia Neves Costa. A decisão aconteceu porque o prefeito eleito Harrison Ribeiro (PSDB) teve o registro de candidatura barrado com base na Lei da Ficha Limpa.

Uma eleitora do município denunciou ao Ministério Público Estadual que recebeu R$ 150 e mais 50 litros de combustível para votar em Glorinha. O MPE encaminhou a denúncia à Polícia Federal, que tem 30 dias para concluir a investigação.

A eleição suplementar em Santo Antônio aconteceu no domingo passado. O prefeito eleito em 2008, Faustino Dias (DEM), foi cassado por compra de votos.

Conforme a denúncia, o dinheiro foi recebido em espécie e o combustível em notas de controle interno de um posto de combustível da cidade. A mulher informou que o encontro para o repasse dos valores foi feito numa praça pública da cidade por um cabo eleitoral da candidata. Um CD contendo gravações foi apreendido também, junto com o dinheiro e as notas de combustível.

Não houve prisões, pois não foi configurado flagrante do crime. Caso se comprove a denúncia, os envolvidos estão sujeitos a penas que variam de reclusão de até quatro anos e multa, segundo o artigo 299 do Código Eleitoral, sobre compra e venda e votos.

Harrison foi eleito com 49% dos votos. Há recurso para o tucano. A diplomação e posse da eleita estão marcadas para o dia 19. Caso ele consiga uma decisão favorável no Tribunal Superior Eleitoral até o dia 19 deste mês a situação pode mudar. Caso comprovado a denúncia de compra de votos contra Glorinha, a cidade pode, mais uma vez, ficar sem prefeito.