Taxa média para pessoa física ficou em 6,75% no mês, ou 118,99% ao ano, diz associação
Brasileiro paga em agosto os juros mais baixos desde 1995
Os juros cobrados do consumidor voltaram a cair em agosto, pela terceira vez no ano, e agora estão no menor patamar desde 1995. Segundo uma pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) divulgada nesta quinta-feira (9), as taxas cobradas da pessoa física ficaram em 6,75% no mês (ou 118,99% ao ano).
A taxa média geral estava em 6,85% ao mês (ou 121,46% ao ano), em julho. A diminuição em agosto significa uma redução de taxas de 1,46% ao mês (2,03% em doze meses).
Das seis linhas pesquisas para pessoa física, só o cartão de crédito rotativo manteve os juros inalterados (em 10,69%). Os juros do comércio recuaram para 5,68%, o cheque especial ficou em 7,45%, o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) bateu em 2,37%, o empréstimo pessoal em bancos caiu para 4,73% e o das financeiras foi para 9,60%.
Quando o assunto é pessoa jurídica, todas as linhas pesquisadas reduziram as taxas em agosto. A taxa média geral foi de 3,85% ao mês (57,35% ao ano) em julho/2010 para 3,82% ao mês (56,81% ao ano) em agosto/2010 - sendo esta a menor taxa de juros média desde maio passado.
Ele ainda cita a redução dos índices de inadimplências entre os consumidores e empresas brasileiros e a maior competição do mercado financeiro como incentivo para a queda dos juros.
A Anefac diz que as taxas de juros e as condições de crédito (ampliação dos prazos, aumento do volume emprestado, maior flexibilidade) deverão melhorar daqui para frente.
- O ano de 2010 deverá ser extremamente positivo no crédito fazendo com que o volume total do crédito atinja 50% do PIB [Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no país]. O consumidor brasileiro vai continuar convivendo com uma situação de reduções das taxas de juros em patamares superiores às quedas da Selic.
A taxa é usada pelo BC para controlar a inflação. Quanto mais ela aumenta, mais caros ficam os empréstimos nos bancos, e menos as pessoas consomem. Isso faz com que a inflação no país recue ou pare de subir. Por outro lado, pode também inibir o crescimento da economia do país.
Hoje ela está em 10,75% ao ano. Considerando todas as elevações da taxa básica promovidas pelo Banco Central desde janeiro, houve uma elevação da Selic de 2 pontos percentuais (elevação de 22,86%), aumentando a taxa de 8,75% ao ano em janeiro para o atual patamar.
Nesse período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 2,97 pontos percentuais (queda de 2,44%), de 121,96% ao ano em janeiro para 118,99% ao ano em agosto.
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