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Economia
Quinta - 09 de Setembro de 2010 às 09:11
Por: Vívian Lessa

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A Rússia suspendeu a importação de carne bovina de duas unidades mato-grossenses da JBS/Friboi. As empresas estão localizadas nos municípios Barra do Garças e Araputanga (respectivamente, 504 km e 350 km de Cuiabá). Além das unidades de Mato Grosso, os frigoríficos do JBS em Campo Grande (MS) e Naviraí (MS), não poderão exportar mais carne ao mercado russo. A determinação veio por meio de nota do Serviço Federal de Inspeção Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor). O comunicado se estende também para a unidade de Forquilhinha (RS) que produz carne de aves, da Seara Alimentos, comprada pelo Marfrig em setembro de 2009.

O frigorífico de Alibem Comercial de Alimentos, de Santa Rosa (RS) já está sem exportar carne desde o dia 1º deste mês. De acordo com o serviço de inspeção, a carne bovina proveniente das unidades do JBS contém teor acima do permitido de oxitetraciclina, um antibiótico de largo espectro utilizado para combater infecções causadas por bactérias. Já na carne de aves da unidade da Seara foi encontrada a bactéria listeria. A Rússia desabilitou também plantas de outros países, sendo 1 pertencente a JBS, localizada nos EUA e outra na Argentina.

Por meio de nota, a JBS informou que desconhece o motivo da suspensão e comunica que manterá o fornecimento aos clientes daquele país através de outras plantas habilitadas no Brasil e nas demais plataformas de produção que a Companhia possui em países habilitados para o mercado da Rússia. Dessa forma, a JBS acredita que o impacto financeiro resultante das medidas tomadas pelas autoridades russas tende a ser pouco relevante para a Companhia.

Para o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, a atitude poderá prejudicar os produtores do Estado, que ficam sem muita opção caso a empresa reduza o volume de animais para abates. Ele destaca que a suspensão pode provocar a queda de preço do produto para o pecuarista. Conforme Vacari, a unidade de Barra do Garças tem capacidade de abater cerca de 1,2 mil cabeças de gado diariamente, enquanto o frigorífico de Araputanga demanda aproximadamente 800 animais por dia.

De acordo com ele, a falta de lugares para abater o gado deve reivindicar a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 7% para 4% para o transporte de boi em pé do Mato Grosso, que ainda falta ser regulamentado pelo governo.





Fonte: A Gazeta

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