Após um ano, obras do PAC são retomadas na gestão Galindo
Após um ano “empacado” sob o ex-prefeito e hoje candidato ao Governo Wilson Santos (PSDB), as obras do PAC de Cuiabá começam a ser colocadas em prática. Sem alarde, Chico Galindo (PTB) já licitou e contratou as empresas vencedoras para executar as obras dos lotes 2, 4, 7 e 8. Os projetos referentes a essas obras, que integram o PAC Pantanal, já estão sob análise da Caixa Econômica Federal (CEF) e a ordem de serviço pode ser emitida a qualquer momento. “Podemos dizer que as obras desempacaram. A prefeitura tem feito o possível para que tudo seja liberado o mais rápido possível”, enfatiza o presidente da Sanecap, Carlos Roberto, o Nezinho. Apesar dos avanços nestes lotes, o 1, que é um dos mais esperados e na teoria deveria ser o menos burocrático, continua parado.
Trata-se das obras de construção das redes de água, que vão ser abastecidas pela ETA Tijucal, já concluída. O serviço vai ser “tocado” pelo 9º Bec de Cuiabá, mas como ainda existem pendências judiciais advindas da Operação Pacenas, que culminou na paralisação das obras, os recursos não foram liberados pelo governo federal. “O acordo com as empreiteiras está bastante adiantado, mas não há previsão de quando vai começar”, pondera Nezinho. O lote 1 é tido como o mais polêmico e motivou muita troca de “farpas” entre o então prefeito Wilson Santos e o secretário Executivo do Ministério das Cidades Rodrigo Figueredo.
O tucano sempre culpou Figueredo pelo empacamento das obras e chegou a dizer que o progressista era inimigo de Cuiabá. O secretário, por sua vez, também não poupou críticas ao tucano e recentemente também “bateu de frente" com Galindo. Irritado, o prefeito da Capital classificou Figueiredo como um “papagaio”, que só fala e nada resolve. Os recursos para as obras foram destinados a Cuiabá no final de 2007 e tudo estava bem até 10 de agosto do ano passado, quando a Polícia Federal realizou a Operação Pacenas, que culminou no embargo das obras.
Na época, 11 pessoas foram presas por uma semana. O inquérito que apurou indícios de irregularidades nas licitações acabou arquivado. Deste então, a prefeitura enfrenta queda-de-braço com os empreiteiros e não retomou a execução das obras. Apenas a ETA Tijucal foi concluída. Conforme Nezinho, as propostas do lote 6 vão ser abertas no próximo dia 15. O lote 3 também foi licitado, mas como há um recurso, os envelopes não podem ser abertos. Já o edital do lote 5 está praticamente pronto e vai ser lançado ainda neste mês. Todos os projetos somam um investimento de R$ 238 milhões, com recursos do governo federal, estadual e municipal.
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