Direitos dos servidores são prioridade, diz presidente do TRE
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, desembargador Rui Ramos Ribeiro, recebeu nesta quarta-feira, 8 de setembro, o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal de Mato Grosso (Sindijufe-MT), Pedro Aparecido de Souza. O presidente do sindicato comunicou ao presidente do TRE-MT a possibilidade da categoria desencadear nova greve nacional, visto que as negociações com o governo federal não atenderam aos anseios dos servidores.
Ao anunciar a possibilidade de nova greve, ele esclareceu que a mesma não deve prejudicar o processo eleitoral. "De maneira alguma comprometerá o trabalho da instituição e muito menos da Eleição", disse Pedro Aparecido.
O Sindicato apresentou à administração do TRE as reivindicações dos servidores junto ao governo federal e solicitou propostas de colaboração para evitar a greve. "O sindicato não quer a greve", disse o presidente do Sindijufe.
O desembargador Rui Ramos garantiu que a administração fará um levantamento sobre o que é possível se fazer no âmbito do TRE de Mato Grosso para evitar a greve.
Ele garantiu também apoio ao Sindijufe no contato com instituições superiores para prestar informações da situação local e também quanto ao levantamento do processo que trata da proposta de congelamento do orçamento destinado à Justiça Federal e suas implicações para os servidores que atuam em Mato Grosso.
O desembargador afirmou que o sindicato sempre terá apoio total da administração do TRE-MT no que diz respeito aos servidores. "A prioridade é o servidor. Preservá-los em todos os seus direitos", ressaltou o desembargador Rui.
O presidente do sindicato esclareceu que esta será a terceira greve que terá como objeto as mesmas reivindicações: contra o congelamento do orçamento e impedimento da contratação de novos servidores, e pela aprovação da revisão salarial.
Ele também informou sobre a possibilidade de não se realizar o movimento grevista. Mas, se for desencadeada, a greve deve ocorrer dentro da legalidade. "Iremos manter a atuação dos 30% do efetivo e a administração será comunicada do início da paralisação com antecedência de 72 horas. Além disso, reafirmo que nas greves que realizamos não fazemos piquetes e muito menos impedimos o acesso de servidor ou de usuário ao serviço", disse Pedro Aparecido.
A análise de viabilidade de ocorrência da greve em Mato Grosso será avaliada em Assembléia na Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) nesta quinta-feira, 9 de setembro.
A diretora geral do TRE-MT, Cristiane Manzano Manoel, esclareceu que questões orçamentárias, como é o caso das horas extraordinárias, devem ser tratadas de forma objetiva. "Principalmente porque o pagamento de horas extras não depende do TRE e sim do orçamento liberado pela União para esse fim", ressaltou.
A diretora ainda esclareceu que "todas essas questões já tiveram o devido encaminhamento e as excepcionalidades estão sendo tratadas caso a caso".
Também participaram da reunião o assessor da presidência, Carlos Luanga, e o diretor financeiro do Sindijufe-MT, Sandro Gonçalves Delgado.
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