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Cidades/Geral
Quinta - 22 de Agosto de 2013 às 10:31
Por: Gláucio Nogueira

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Fernando Frazão/ABr
Familiares do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde o dia 14 de julho quando foi detido por PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela da Rocinha, não acreditam que ele esteja em Cuiabá, mas sim morto.


 
Mesmo com esta opinião, repassada pelo advogado da família, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já tem em mãos o termo de declarações do vigilante V.B.S., 55, que afirma ter visto o pedreiro na região do Campo Velho. Delegado responsável pelo caso em Mato Grosso, Silas Caldeira destaca que pretende esclarecer alguns detalhes do depoimento prestado pelo vigilante para prosseguir com as investigações.


 
Caldeira pontua que toda e qualquer informação que chega ao conhecimento da Polícia é checada. “Quero ouvir as declarações do vigilante e já pedimos documentos para a Polícia Civil do Rio de Janeiro, onde o Amarildo sumiu, para investigarmos esta hipótese”. O delegado acredita que em poucos dias poderá confirmar ou descartar a pista.


 
Advogado que representa a família de Amarildo, João Tancredo encara como normal o depoimento do vigilante. “Gostaríamos que isso fosse verdade, que ele estivesse vivo e pudesse voltar a conviver em paz com a família, mas sinceramente não acreditamos. Amarildo é um típico brasileiro desfavorecido, uma pessoa comum. Infelizmente existem muitas pessoas assim no país, então é natural que ele seja ‘visto’ em várias cidades”.


 
Tancredo chegou a conversar com a família após receber a informação e não descobriu nenhum vínculo do pedreiro com o Estado. “Não há parentes ou amigos em Cuiabá que pudessem justificar de alguma forma esta aparição na cidade, até onde sabemos”.


 
Por conta disso, o advogado já ingressou com recurso contra a decisão da Justiça do Rio de Janeiro, que negou o reconhecimento de morte presumida do pedreiro. “Ele [o juiz] considera que não se pode presumir que Amarildo esteja morto, porque estava nas mãos de agentes do Estado, mas não havia confronto ou tiroteio. Esse é exatamente o nosso argumento. A gente presume ue ele sumiu na mão do Estado. Com outras provas e também em razão do tempo já decorrido, é certo que Amarildo não apareça”.


 
O ajudante de pedreiro foi abordado por 4 policiais militares dentro da Rocinha. Levado para a UPP, ele foi visto por meio de câmeras chegando ao local, mas não há nenhuma imagem que confirme que saiu de lá. Policiais afastados e operações de busca dos restos mortais foram algumas das ações já xecutadas, mas não há informação sobre ele.





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