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Polícia Brasil
Sábado - 04 de Setembro de 2010 às 05:40

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Um grupo de pelo menos seis homens fortemente armados com metralhadoras e fuzis, vestidos como se fossem policiais federais, invadiu um comitê político do PT em Mauá (Grande SP). Oficialmente, o grupo levou apenas um celular de um político, duas armas e um rádio transmissor de dois guardas municipais que estavam no local na hora do roubo.

O assalto ocorreu às 11h, da última quarta-feira (1º), no bairro Matriz, onde funciona o comitê do candidato a deputado federal Helcio Silva. Não foi levado nem mesmo a carteira das vítimas. "Cataram o celular do coordenador e foram embora. Não agrediram ninguém. Só fizeram pressão psicológica sobre o dinheiro, mas não houve agressão", disse ele.

Silva disse que não estava no local na hora do crime e que repete a versão ouvida. Ainda de acordo com o político, o grupo chegou em dois carros, todos com capuz. Pararam na porta do comitê e desceram como se estivesse numa operação policial.

Um deles vestia inclusive terno, representando um delegado. Os cinco outros vestiam coletes pretos com as inscrições da PF.

"O pessoal que estava na frente do comitê entendeu que fosse mesmo a Polícia Federal. O pessoal chegou com colete e tudo. Ninguém duvidou. As pessoas veem aquelas operações espetaculares, ninguém duvida."

Lá dentro, renderam numa sala o presidente do PT local, Leandro Dias, coordenador de campanha da campanha de Silva e filho do prefeito de cidade, Oswaldo Dias. A Folha não conseguiu falar com nenhum dos dois.

A Polícia Civil investiga o caso. Como se trata de um grupo bem organizado, os policiais trabalham com duas hipóteses. Um delas é o grupo ter recebido informação errada de haver ali dinheiro para pagamento de pessoal de campanha.

Outra possibilidade, que polícia não diz oficialmente, é ter sido levado dinheiro que a campanha não tem como declarar e, por isso, deixa de prestar queixa. Esse fato é comum, segundo a polícia, até mesmo em roubos a condomínios de prédios de luxo.

Oficialmente, a polícia diz que todas as possibilidades estão sendo investigadas e precisam encontrar, primeiro, os ladrões para saber mais detalhes. Com certeza, porém, o grupo não atacou sem planejamento.

O candidato disse a movimentação de dinheiro na campanha é toda feita pela internet ou por meio de cheques. "A gente não trabalha com dinheiro. É tudo dinheiro em conta. Não circula dinheiro, é tudo especulação", afirmou Silva.

A prefeitura de Mauá informou que "os dois funcionário mencionados estavam de folga no dia do assalto". A prefeitura não disse, porém, se eles tinham autorização para andar armados fora do serviço e se houve abertura de investigação.






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